Nordeste
O desafeto,
Que separa
E afasta até o que já não é perto.
Estruturado
O repúdio, preconceito.
Até parece que muda - mas não tem jeito.
Da sede, da dor
Do povo que grita, mesmo mudo
Mas não cansa de ser sonhador.
Por ser sempre deixado de lado
O nordeste é lembrado,
Pela força, persistência e vigor.
Repare
O que pra muitos é sério
Pra outros é tédio,
Euforia disfarçada de xenofobia.
Não tem como negar,
As lidas diárias há anos e anos
Há muito o que colher,
Pois de plantar lutas, ainda não cansamos.