BUSCANDO A COMPREENSÃO

A realidade é antes de tudo uma variável, onde realidades impensáveis são ignoradas pela falta de significados atribuídos, pois só permanecem as crenças, porque nada é tão completo quanto o que se pode imaginar e, ao contrário das estruturas sólidas, não se desgasta nem perece.

A fé é uma afeição contemplativa por realidades que ultrapassam aquilo que pode ser percebido através dos sentidos, quando a convicção na transcendência da realidade que aprecia, sem valor absoluto, a impermanência, a eventualidade, a arbitrariedade, o relativismo moral, a violência e a mortalidade da existência humana assimilada em maneiras unicamente imanentes.

A fé cristã considera a natureza momentânea da existência inerente e inseparável, onde a encarnação atribui à transitoriedade humana a dignidade da crença.

O que não tem outro permeio, não é compreendido na fé cristã. Entretanto, em seus próprios termos, o imediato e inseparável é real e podemos expressá-los de forma significativa, apesar de não podermos explicar a existência da qualidade do que pertence à interioridade de algo, em contraste com a realidade de uma dimensão externa, sem recorrer à razão.

Portanto, um realismo de imediatismo absoluto divide a razão da imanência e afirma o irracionalismo de uma imaginação obstinada de simples vontade, desmontando o argumento meditativo.

Alguns propõem que não há contraposição concreta entre as afirmações de hipóteses não comprovadas da razão e, as opiniões pessoais de certezas da fé, sendo, apenas, uma oposição aparente, deixando a ideia imprecisa de que há um conflito entre os dois domínios.

A fé não pode contradizer a razão. Entretanto, às vezes, a crença e a busca da compreensão, nos diz mais sobre o que não podemos ver do que poderíamos saber apenas pela razão.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 25/01/2021
Reeditado em 25/01/2021
Código do texto: T7168322
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