Que Loucura

Quem são os responsáveis pelas coisas ruins que acontecem no mundo? Quem causa a fome e destrói o meio ambiente? A todo o tempo a mídia nos dá a resposta: o ser humano! Me parece que a resposta pode estar certa. Mas será que são todos os seres humanos? O discurso que a mídia nos apresenta também mostra que sim, a maioria é ruim. A explicação é bem simples. Somos seres horríveis por comermos carne. Somos seres horríveis porque estamos causando a mudança climática. Somos seres horríveis por termos criado a escravidão. No fim, somos os responsáveis por tudo o que há de mal. Mas essas ideias que hoje permeiam a maioria não saíram de um pensamento coletivo que se propagou no individual. Alguns poucos indivíduos criaram essas coisas e espalharam. Dessa forma, quem é que espalhou essas ideias? Acho que são aquelas poucas pessoas que desde sempre detém o poder do mundo. Que ao longo da história sempre ditaram o certo e o errado, conduzindo a maioria para seus próprios interesses. Antigamente até poderíamos dizer que é uma grande teoria da conspiração, mas hoje basta pesquisar um pouco para saber quais são os grandes grupos econômicos que detém o monopólio dos serviços essenciais. Apenas como exemplo, um dos maiores apoiadores da OMS é o Bill Gates, que nos anos 80 e 90 era conhecido por não ser assim um sujeito tão agradável. Bem me lembro de um documentário que falava das práticas não tão politicamente corretas da Microsoft na criação do seu grande monopólio. Esse mesmo homem hoje é visto como um grande filantropo. O contraditório disso tudo é que tem sua fortuna crescendo a cada dia mais. Mais um exemplo, é a influência do Banco Internacional no mundo. Não é muito estranho pensar que um país, que supostamente deveria ser soberano, tem dívidas? Vocês elegeram essas pessoas a quem o governo presta contas? Será mesmo que estão contando a verdade? Será que não existe nenhum pingo de manipulação? Será que eles são os bonzinhos e nós, comedores de carne e poluidores do meio ambiente, somos os culpados? A grande propaganda é a seguinte: O problema é o aumento da população, o problema é o ser humano. Com isso nos ensinam a priorizamos o meio ambiente e os animais. Nos fornecem a ciência como certificadora das informações. Conseguem colocar humanos contra humanos, e a tecnologia possibilitou nos odiarmos a distância. Dave Mustaine foi certeiro: “Just like the pied piper Lead rats through the streets We dance like marionettes, Swaying to the symphony... Of destruction.” Tradução: Assim como o Flautista de Hamelin conduzia os ratos pelas ruas, nós dançamos como marionetes, balançando para a Sinfonia Da Destruição.”. Não nos identificamos mais com o outro, tantas categorias foram criadas para nos distinguir, que agora nos esquecemos do que nos une. Não buscamos mais a unidade do todo como espécie, já que nem mais nos reconhecemos como tal. Buscamos criar supostos valores elevados que criam uma categoria de cidadão que literalmente levou a sério o modo de vida faça o que eu digo e não faça o que eu faço. Então deveríamos nós viver cada um em seu próprio mundo? Conectado a uma realidade virtual, literalmente igual o filme Matrix nos mostrou? Diz Elon Musk que a conectividade homem e máquina não está tão longe. Imagina que maravilha? Não bastasse os inúmeros pensamentos e gatilhos indesejados que frequentemente alteram nosso estado de espírito, somado a isso aquela propaganda marota dos novos lançamentos maravilhosos que você não pode perder diretamente no seu cérebro? AH, mas verdade, eles dizem que é para o nosso bem. Sempre é. Então descobrimos o salvador, estamos unindo o mundo para trocar o ser humano por uma máquina. Ou estamos aguardando algum extra terrestre nos fazer alguma experiência para ficarmos melhor. A boa e velha experiência do indivíduo. O cultivo da alma que nos tornam todos roteiristas e atores participantes desse grande espetáculo da vida. Tudo isso foi esquecido. Abandonamos por completo nosso papel de atores e roteiristas das nossas vidas para sermos espectadores e coadjuvantes da história alheia. Entregamos por completo a solução dos problemas em métodos de vida saudável, empreendedora, feliz, livre. Temos cientistas e governantes e agora uma super inteligência artificial apurada que irá fazer a compilação de tudo e nos apresentar uma solução absolutamente nova. Vamos fazer a grande simbiose e pronto. Temos um corpo melhorado, uma máquina de guerra melhor. O doido é que queremos propagar essa ideia pelo universo. Vamos agora criar uma colônia da Terra em Marte. Imagina a ligação. “E aí mano, como está em Marte?”. “Uma bosta. E na Terra?”. “Uma bosta também. Mas você não tinha ido aí em busca da solução dos problemas?”. “Agora a solução dos problemas está em Saturno. Mês que vem estou indo para lá”. É uma grande loucura. O mundo é grande, se ninguém for egoísta, tem para todo mundo e sobra muito espaço. É que o discurso que nos é apresentado é outro, nos condicionando a pensamos de modo contrário ao que a nossa intuição mais sincera nos diz. Quem já esteve perto a natureza viu o quanto tudo foi programado para ser abundante. Quantas sementes uma fruta não possui? O pássaro que come a fruta, não espalha essa semente, plantando árvore frutífera onde o homem nunca cultivou? Quantos passarinhos uma mesma árvore não abriga? O próprio boi não aduba o capim que come? Esses que supostamente se elegeram para nos salvar, também escolheram salvar a natureza. Eles são muito legais. A grande incoerência disso tudo, é que supostamente era a religião a responsável por criar fardos que as pessoas não conseguiam suportar e salvar as pessoas desses mesmos fardos. Agora está a encardo do Estado. Mudou só o paradigma. Não é mais Deus, é o homem de acordo com as políticas do partido. Bom, na China já existe o crédito social. Estamos abandonando o comportamento de rebanho e estamos caminhando ao comportamento de colmeia. “O primeiro representa a cidade antiga, o segundo o Estado moderno. As outras duas imagens são a do rebanho e a da colmeia, que se opõem. O rebanho talvez requeira um pastor, mas cada animal pasta por si mesmo e se afasta dos outros se quiser. Já na colmeia temos as abelhas operárias, os zangões e uma rainha; temos, enfim, uma divisão do trabalho e um produto para o qual todos trabalham em comum, sendo a separação da colmeia o equivalente à extinção.” . Então esses salvadores que determinam as regras e nos dizem que em razão dessa conexão toda, um único individuo consegue ser responsável pela coletividade inteira. O que é um grande absurdo. Já refletiu sobre a prisão de ventre? É a incapacidade do indivíduo em ter por satisfeita uma das necessidades mais básicas que existem, e querem nos dizer que somos responsáveis por todo o resto? Eles que se disseram salvadores globais. Se fizeram uma má decisão e destruíram tudo, a culpa é minha? Eu não fui perguntado sobre nenhuma grande decisão do mundo. O que eu fiz foi supostamente votar em uma pessoa que supostamente iria representar o que eu acredito. Mas entra um governo sai outro o fim é sempre o mesmo, o povo paga. Novamente a culpa é nossa por não saber votar. Todo mundo sempre reclamou de casamento forçado, mas agora parece que estamos começando a ser obrigados a cumprir as regras do bom político e seguir as orientações do partido que eu não votei. Estão nos dividindo como seres humanos e elegendo uma nova espécie para nos unir. Não seria então melhor pensarmos bem se vale mesmo a pena essa conexão toda, essa interdependência de seres que não se suportam e que acreditam que a única forma da existência de um é em razão da inexistência do outro? Já que vivemos tanto em função, talvez seja bom pensarmos em involução. Voltar as cavernas e refletir um pouco melhor se estamos preparados para encarar a realidade como ela é, ou se queremos fazer da realidade o reflexo da caverna. Uma projeção do que acreditamos que é, e não o que é.

Marco Parede Vicentini
Enviado por Marco Parede Vicentini em 22/01/2021
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