PAIXÃO E AMOR

Paixão e Amor quantas questões a ser discutidas.

A paixão tem a ver com sofrimento, não fosse oriunda do latim passus, particípio passado do verbo pati (sofrer); ou do grego pathos (doença).

Quem se apaixona, está em estado constante de sofrimento interior. Tem medo de perder o objeto amado, porque se sente inseguro e acha que depende do objeto de desejo para viver ou sobreviver. O mundo ao redor não tem importância; só lhe interessa o seu pequeno mundo insano e egoísta. Sim, insano porque não consegue pensar claramente, a não ser no objeto de desejo; egoísta, porque quer só para si a pessoa desejada.

O apaixonado tem inúmeras alterações no organismo, tanto no plano físico quanto mental. No plano físico, tem suores frios sem motivo aparente, tem taquicardia quando se aproxima de sua “paixão”. Uma espécie de febre constante mantém seu corpo aquecido e há forte produção de hormônios. A paixão é uma espécie de doença, uma doce doença que todos queremos ter um dia. Felizmente, a paixão, injustificável quando chega, também, por ser tão intensa, se esvai progressivamente. Felizmente, porque o ser humano não aguentaria por muito tempo essas alterações físicas e mentais.

O Amor, embora possa ser consequência de uma paixão inicial, é um sentimento nobre e diferente da paixão. Quem ama tem um sentimento de paz e vê na pessoa amada alguém com quem imagina passar o resto da sua vida. Ao contrário da Paixão, que perde a força com o tempo, o Amor se consolida com o tempo, com a convivência. Quem ama, quer ver o seu amado ou amada feliz. Solidariedade passa a ser o seu objetivo e quer construir sua vida a dois. Só assim ela terá sentido.

Amor é paz, Paixão é tensão. Amor é sentimento, Paixão é emoção. Amor é certeza, Paixão é dúvida. Amor é confiança, Paixão é ciúme.

Quando podemos nos apaixonar e depois transformar essa emoção pela mesma pessoa em Amor, teremos vivido a mais intensa emoção e o mais sagrado sentimento.