COMPREENSÃO PARA A ACEITAÇÃO

Em meio às forças restritivas de uma sociedade de desigualdades, podemos conceber a realidade de pessoas inteligentes e ambiciosas, às vezes, inconsequentes, incapazes de superar as forças sociais e psicológicas da divisão de classe, religião e sexualidade que determinam suas vidas fadadas ao fracasso e a um desfecho ignóbil como uma tragédia de objetivos não realizados.

Às vezes, a impotência para permanecer feliz com a pessoa amada, fora da instituição socialmente aceita do casamento, seja por questões de dissentimento social, congeneridade, classe, ou, uma diferença etária acentuada pode determinar o bem-estar das pessoas.

Como sociedade, somos conceituados como classe pobre, média e alta, devido a uma herança burocrática sociológica daqueles que ainda pensam que podem colocar seres humanos em gráficos, e um parâmetro de conveniência da elite que busca dividir e conquistar.

Princípios que adquirimos ao longo da vida podem se revelar incompatíveis quando expostos a uma nova experiência, a questões que carecem de solução ou, uma mudança de domicílio. Uma mudança de residência e ambiente, quase sempre nos expõe a diferentes padrões de comportamento que testemunhamos.

As pessoas agem de forma tendenciosa em desfavor de outras pessoas fora de seu próprio grupo social, mostrando preconceitos internalizados emocionais, cognitivos e comportamentais.

Para mudar os preconceitos, a cultura os costumes e as leis precisam adotar novos conceitos. Como um amplo fenômeno social complicado pela intolerância que permanece nas cognições internas baseadas na identificação do grupo, mas que se revela nos símbolos e na prática social e organizacional, não há como escapar da influência que as pessoas e suas atitudes exercem umas sobre as outras, porque nossas vidas estão entrelaçadas de muitas maneiras diferentes, tornando necessário aprender que nossas escolhas pessoais sobre a cultura, preconceito, racismo e discriminação afetam mais do que a nós mesmos.

Independentemente da nossa demografia, a maioria das pessoas acredita que todos têm direito aos mesmos privilégios naturais, apesar de o sentimento de igualdade não ser devidamente praticado, por mais que acreditemos coletivamente nisso.

O racismo, a injustiça racial e o preconceito estão ativos em suas tradições fundamentais presentes na sociedade, no passado e presente. O manifesto "Vidas Negras Importam", para reafirmar e resguardar os direitos dos negros é uma mensagem necessária, em muitos casos, nos níveis interpessoal e sistêmico. Entretanto, reforça o próprio racismo contra a pessoa negra, ao fortalecer os parâmetros de distinção racial singularizando a raça negra.

Hoje em dia, como qualquer reivindicação com conteúdo político, as pessoas preferem argumentar em vez de aceitar uma reivindicação moral básica pelo seu valor nominal. Muitas pessoas que reagiram com a afirmação de que “Todas as Vidas Importam”, falham em explicar o que significa e merecem um esclarecimento, pois, de forma alguma implica logicamente que outras vidas não sejam importantes ou não importem. Todos devemos nos comprometer a aprender mais sobre questões de igualdade racial, igualdade de gênero e interseccionalidade. A afirmação de que “Vidas negras Importam” significa que devemos solidarizar com nossos irmãos negros, que há muito tempo se encontram sob uma ameaça particularmente significativa tanto do Estado quanto da sociedade.

Frequentemente, a suposta razoabilidade das percepções de perigo atribuídos aos negros é em muitas circunstâncias o produto de parcialidade ou preconceito, incluindo parcialidade ou preconceito racial.

A humanidade, mais do que nunca, precisa alicerçar a capacidade básica inata de se interessar pelo bem-estar dos outros para encontrar o caminho da compreensão e unidade, e caminhar em paralelo com as necessidades fundamentais do ser humano. Pois, a religião mais importante é a humanidade.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 10/01/2021
Reeditado em 10/01/2021
Código do texto: T7156665
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