CONCOMITÂNCIA

Admitir a própria ignorância, como a nossa capacidade de aceitar uma confusão inerente em nossa explicação do que acontece, nos aproxima da sabedoria, pois não está dito ser nossa a capacidade de entender completamente a criação em todas as dimensões e em todos os níveis.

Tal premissa não prospera entre os cristãos e suas crenças, apesar de o rei israelense Salomão, ter feito uma declaração semelhante, com a distinção de atribuir o temor a Deus, como o princípio da sabedoria, e o conhecimento do sagrado, como o entendimento.

Como pessoas, precisamos construir a nossa própria realidade em meio à preocupação e insegurança que, às vezes, entreva a faculdade de querer e escolher, nos motivando ao agrupamento, a banalização da cultura e consumo, ou a retirar-se do convívio social na individualidade, sem aceitar, e coisificar o próximo, considerando-o como diferente de nós de maneiras permanentes e intransponíveis.

Contudo, de um ponto de vista pessoal, percebemos a radicalidade de tudo que observamos na natureza e o desafio individual de nos realizar plenamente na liberdade comprometida com as possibilidades mais qualitativas para a nossa felicidade, nos moralizando.

Mas, em nosso parco entendimento da ordenação dos pensamentos e das coisas na natureza humana, podemos compreender o que é passível de ser conhecido, considerando a hipotética premissa de que todo conhecimento é baseado na experiência, e usarmos a ciência, a razão e a experiência para nos nortearmos moralmente no que acreditamos ser certo e justo para nós?

Conscientemente experimentando e observando nossa própria ignorância, visamos justificar nossas crenças pessoais e as práticas de nossa sociedade, considerando o papel da ciência, do direito e da religião como indicadores de nosso lugar na natureza e o possível esclarecimento da coordenação da razão das coisas serem como são, validando a oração antecipada pelo predicado há muito enunciado do "Verbo", Jesus,, justificando a asserção contida uma na outra, nos dando um senso de propósito e valor moral.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 07/01/2021
Reeditado em 05/03/2021
Código do texto: T7154607
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