Pensamentos, reflexões e provérbios de quando eu era menino, aos 13 anos, em 1970.

Chegando de mudança em Cuiabá-MT, vindo de Campo Grande-MS em 1970, aos 13 anos de idade, tive contato com uma grande biblioteca pública que havia em frente a Praça da República, ao lado da catedral. O prédio, Palácio da Instrução, ainda existe até hoje e foi tombado pelo patrimônio histórico de Mato Grosso.

Naquela idade, eu tinha tempo de ler e lia muito, quase que o dia todo. Li tanto que tive necessidade de começar a escrever. Revendo estas reminiscências do passado, fui tentado a corrigir esses textos... Mas quando comecei a mexer nesses pedaços do meu passado, algo me dizia, no íntimo do meu ser, que não deveria modificar, nem corrigir alguma eventual falha de estilo, de lógica, ou até gramatical, própria da falta de conhecimento naquela idade.

Então resolvi não corrigir nada. Nem correção ideológica, porque hoje eu penso muito diferente e os meus conceitos filosóficos, políticos e religiosos são, em alguns casos até contrários ao que eu pensava há quase quarenta anos atrás.

Depois destas explicações, talvez até desnecessárias, tomo a liberdade de publicar os textos originais, sem nenhuma correção, de um menino atrevido, metido a escrever até sobre coisas que não entendia direito.

Aos leitores, poetas e escritores do Recanto das Letras, dedico estes pedaços do meu passado...

LEIAM :

* Minha aptidão sendo a de comunicação com o público, quero emprega-la exercitando no sentido de ser útil a ele e não apenas a mim.

* O importante é aperfeiçoar uma técnica, ao invés de conhece-la.

* Os terrestres aperfeiçoarão um sistema de autodeterminação, visando na autonomia individual o domínio e o equilíbrio da população. A autocracia (...?) de cada indivíduo no coletivo está em ser pleni-consciente da precisão matemática que todos se dirigem, podendo todos participarem dos desígnios da coletividade. Aumentarão os conhecimentos, a sabedoria intelectiva desenvolvendo proporcio-nalmente as faculdades do sentimento afetivo. Depois de equilibrados na construção da igualdade, tempo terão disponível a dedicação da prática e exercício das energias psicomagnéticas.

* Cada ser é responsável pela doação de outro à vida e portanto cada mulher daria dois seres à luz. Um correspondente a ela e outro ao másculo. Nesta forma de controle, sempre terá a mesma medida de habitantes aqui. E quem é que sabe se com a progressiva capacidade de domínio de si far-se-á nascer macho ou fêmea quando quiser substituindo os dois seres que os puseram no mundo? ...

* Desde que o amor não é apenas pra um individualmente, deve-se inverter o amor voluptuoso por um amor mais completo, fraternal, e existente, porque este pertence a muitos, exatamente como a realidade da vida pede.

PENSAMENTOS DIVERSOS / 1970

* O curioso investiga ao seu redor e esquece o conhecimento de si mesmo.

* A dúvida é o início do saber e o saber a convicção de que não sabe.

* Quando um sábio erra, é aplaudido pelo tolo e este o ridiculariza quando age com prudência.

· Seus paradoxos constituem sua individualidade.

* Louve um autor ou inventor, modificando pra melhor o que ele fez e este ficará contente por não estacionar o seu primeiro impulso.

* Seja o contrário do radicalista que ficando sobre um alicerce se ilude a vida inteira dizendo que é casa confortável ... / ... sendo que o pensamento dele é que conforta o ridículo de venerar não tendo iniciativa própria.

* Tudo num momento, em vez de momento pra tudo.

Eu viro do avesso,

todo adágio popular

Eu sou diferente aqui

e em qualquer lugar.

Quero ser sensível

aos problemas de alguém!

Amo sem ter regras

Amar não é fora da lei

Sinto o que conheço

E sem sentimento não sei

E agora eu reconheço

Que eu sempre te amei.

O Passado é relativo

Com o futuro nas mãos

Amo a todo mundo

E também a invenção.

Em tudo relativo

A verdade eu sempre errei

Mas se tudo movimenta

Com a força do querer!

Acho que no tempo

E no espaço

Eu não parei.

Ó meu passado amigo

Eu não te esquecerei

Pois me jogas no futuro

E o presente sempre é lei.

Se eu sou bonito

Não me interessa

Eu sendo feio

Vou mais depressa

Largando a vaidade fatal...

No lugar desta vaidade

Quero sentir a igualdade

Com paz e amor fraternal.

Quero paz interior

Quero sentir mais amor

CONSELHOS

A um amigo em 1970

Seja otimista e não fique a vida inteira a invejar o poeta , o cantor e todo artista.. São coisas que você pode desenvolver porque tens uma vontade inconsciente que te diz: Somos capaz de tudo! Se não desenvolve a sua capacidade de se integrar em tudo ficarás sofrendo de um desnível que é igual à inveja.

AUTOCRÍTICA aos 13 anos

1970

Acho-me ridículo quando a auto-analisar encontro-me dentro de uma verdade histórica, sempre devendo ao meu passado por ter falado inescrupulosamente, ou agido desarmônicamente e não sabendo adaptar a ação com o meio. Para isso teria que perscrutar o meio, ouvindo e vendo mais que falando.

PASSANDO O CHAPÉU:

Agência 01616

Banco 232 - Bradesco

Conta corrente 0674315-3

Favorecido: Marcos Aurélio Barbosa da Silveira

Agradecemos todas a contribuições depositadas no "chapéu" que foi substituido pela conta bancária acima.

ANTIGAMENTE HAVIA UM MÉTODO SIMPLES DE FINANCIAMENTO POPULAR DA ARTE, PASSANDO O CHAPÉU. ARTISTAS, POETAS E ATÉ ALGUNS ESCRITORES, APÓS A APRESENTAÇÃO DE SUA PRODUÇÃO LITERÁRIA OU ARTÍSTICA PASSAVAM O CHAPÉU PARA OS OUVINTES, QUE OFERTAVAM A SUA CONTRIBUIÇÃO EM PRAÇA PÚBLICA E ATÉ EM FESTAS PARTICULARES.

OS TEMPOS MUDARAM E OS COSTUMES SÃO OUTROS... ENTÃO ESTAMOS TENTANDO ARRECADAR A CONSTRIBUIÇÃO DOS LEITORES QUE GOSTAM DE NOSSOS TEXTOS PARA POSSIBILITAR A PUBLICAÇÃO DE NOSSOS LIVROS NA VERSÃO IMPRESSA.

SABE-SE QUE LIVRO NÃO DÁ LUCRO PARA ESCRITOR INICIANTE, MAS MESMO ASSIM O NOSSO SONHO DE CRIAR UMA FUNDAÇÃO E DEIXAR UM PEQUENO LEGADO CULTURAL PARA AS GERAÇÕES FUTURAS NÃO ACABOU. UM PROJETO QUE PRETENDEMOS FINANCIAR É A PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DE UM JORNAL DE CONTEÚDO EDUCATIVO/ CULTURAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS.

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O escritor e jornalista Marcos Barbosa vai a publicar outros livros no formato tradicional, versão impressa e continuar a coleção UNI-VERSO E PROSA DE MARCOS BARBOSA.

Com quase trinta mil leitores no Recanto das Letras, criou coragem e lançou a campanha PASSANDO O CHAPÉU.

Os três livros de bolso, foram vendidos inicialmente nas bancas centrais de Brasília e em algumas bancas de revistas das capitais do país, a R$ 5,00 apenas, para atingir também aos trabalhadores de baixa renda.

Os contos publicados pela editora Ícone de Brasília são: A MORTE DO SOL E O BURACO NEGRO; O Herói de "Mensagem a Garcia" e um livreto de poesias SAGA DA HUMANIDADE, todos já lidos por muitos "freqüentadores" do RECANTO DAS LETRAS.

O objetivo é desenvolver uma estratégia de marketing para escapar da alta roda dos intelectuais e atingir aqueles que mais precisam de leitura, o homem comum, do povo.