Uma dor e um sorriso...
Considero a vida um tanto que fácil de ser encarada...
Mas, nos últimos meses, tenho tido algumas percepções diferentes sobre algumas situações. O amor próprio e suas oscilações é uma destas percepções já que, para muitos, submeter-se ao outro é um ultraje.
Porém, submeter-se ao outro consensualmente é o que há de mais divino e mágico na arte plena da vida já que a liberdade é um ato de escolha voluntária que requer força, coragem e determinação.
O amor que recebemos também faz muita diferença na escolha pela liberdade, desde que este seja sincero e sem expectativas, sem julgamentos ou exigências de padrões que engessam a liberdade recíproca.
Se não há reciprocidade, nunca houve liberdade, mas, sim, anulação.
Mesmo distante, há de haver liberdade. É que estar distante de um amor sincero traz novos olhares sobre tudo e passamos a valorizar cada sorriso, cada abraço, cada silêncio. Nos encontros e re-encontros e desencontros há sempre uma dor e um sorriso...
A distância molda o coração!.
Não sei o que me corrói mais a alma: se a dor da ausência, ou a dor das vezes que tenho que me despedir. Seja como for, o importante é ser, independente de quaisquer circunstâncias.
Ser intenso e sincero em tudo. Isto importa!
É nisto que me fortaleço: na dor do sorriso e na anestesia da esperança dos re-encontros e das despedidas porque sei que são nestes momentos que se criam as forças dos próximos dias que sempre ecoam a arte de saber viver bem...
Que bom que podemos resignificar tudo, mesmo que seja a dor ou um sorriso!