A MINHA HISTÓRIA
Eu sempre gostei de aprender um pouco mais através de histórias passadas; adoro ler sobre as antigas civilizações, inventos tecnológicos e sobre a cultura que rodeou Cristo durante sua estadia na terra. No entanto, reconheço que no ano de 2020 aprendi a aprender com a minha própria história.
O processo de amadurecimento ocorre de dentro para fora e depende única e exclusivamente das condições que nós implantamos; foram poucas as pessoas que enxergaram a Covid-19 sobre esta perspectiva.
"Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação e perseverem na oração." – Romanos 12:12
Neste ano, eu pude revisitar as raízes mais profundas da minha existência e me relembrar das Boas Promessas do Criador para a vida de todos nós. Vão desde os pequenos cuidados como os de higiene, até mesmo com a valorização de nossas vidas. Neste ano, descobri o quanto sou feliz sem nem mesmo perceber e, inclusive, agradecer.
O fôlego da vida se foi para muitas pessoas ao redor do mundo e aqui deixo meus sentimentos para todos aqueles que guardam imensas saudades em seus corações; fui agraciado por não ter nenhum familiar acometido pelo vírus que literalmente sufoca todos aqueles que são infectados.
Na minha história, fui preenchido pelo ar da Graça, do Amor e da Esperança de dias melhores (Romanos 5:3-5).
Além disso, o ato da espera nunca foi tão bem estimulado em nossas vidas. Antes de tudo desabar, mesmo estando imersos por cânticos e louvores, esquecemos de dar espaço para a meditação e reflexão dos nossos conceitos e valores – pregamos a liberdade que Cristo nos provê. Esquecemos, no entanto, de libertar as nossas mentes (e como somos impacientes em trabalhar questões internas).
Na minha história, aprendi que há hora certa para tudo acontecer e que precisei resistir às duras ondas do sofrimento para conceber lições essenciais (Salmo 119:71).
Em meio ao tom acinzentado e desolado das grandes metrópoles, em cada coração fluía um turbilhão de sentimentos e a incansável angústia pela liberdade.
A minha história mostrou que fui resistente o suficiente para trilhar novos caminhos sem perder a minha própria essência. Sendo assim, rumo ao meu maior propósito (Romanos 11:36).
Por falar em resistir, em 2020 tive as noites mais silenciosas da minha vida. Acredito que todos nós sentimos nossas almas gemerem em virtude de uma vida monótona, baseada em pequenas perspectivas e quase nenhuma esperança de mudança. Neste ano, um ciclo foi quebrado para todos aqueles que compreenderam que algo deveria ser feito há anos atrás. Em meio a tamanha epifania, prostrei meus joelhos no chão e conversei com Deus mais do que nunca.
Na minha história, a oração foi reafirmada como o maior mecanismo de conexão com Deus.
Em primeiro lugar, a oração é evidenciada pela necessidade que tenho de agradecer a Deus e louvá-lo por toda a sua Graça e Paz concedida ao mundo; que toda a criação recline sua cabeça e reconheça a Sua Santidade e Majestade sobre as nossas vidas. Em segundo lugar, quando estava aflito, foi para lá que precisei partir para refletir sobre a minha existência e sobre o que deveria fazer para proceder em meio ao caos – certamente Deus tem suprido todas as minhas necessidades (Filipenses 4:6; Mateus 6:9-13).
Concluo, portanto, que neste ano eu aprendi com minha própria história simplesmente pelo fato de passar mais tempo me ouvindo, descobrindo e, evidentemente, ouvindo a voz de Deus (inclusive nas silenciosas noites). O que aprenderemos com a sua história?
Feliz 2021 pra você!