Instinto de preservação

Um dia eu olhei pra trás e comecei a ver quanta gente já passou pela minha vida que tenha de fato, significado algo de especial...

Algumas pessoas eu tive imenso carinho...falava todos os dias, dava atenção, tinha sempre um instantinho de tempo pra ajudar... mesmo com todas as dificuldades do dia a dia... com a vida corrida... eu sempre estava alí...

Mas nem sempre existia reciprocidade... Então eu fui me reservando o DIREITO de não mais me sacrificar pra tornar a vida daquela pessoa melhor... fiz o que pude, durante um período, mas não posso mais me violentar, só pra agradar...

Pois o tempo não se multiplica... nós que temos que aprender a fracionar e dividir cada minuto...

Ela tinha problemas, dores, precisava desabafar... ??? Ok. Todo mundo tem problemas. E cada um com os seus, não é mesmo...?!?!

Ajudar a encontrar uma solução leva tempo e exige entendimento...

Eu fui me afastando e deixando de ser o porto seguro (ou o muro das lamentações) deixei de dar o que essas pessoas sempre tiveram de mim, pois eu mudei e mudei por mim, pra dar valor ao meu tempo, pra me melhorar... isso fez com que meu tempo seja melhor administrado agora...

Tem de mim o que me ofertar...e merecer receber...

Aprendi a ser recíproca, pro meu próprio bem.

Isso se chama INSTINTO DE PRESERVAÇÃO.

Não sou vingativa, não perco tempo destruindo as flores dos outros, trato apenas de cuidar do meu jardim e das minhas flores...

Se a grama do vizinho é mais verdinha, sinal de que devo cuidar melhor da minha...

Sigo... e vou de consciência em paz...

Aí outras pessoas ao longo do tempo permaneceram...se aproximaram mais...e hoje estão se tornando a cada dia mais indispensáveis...

Sabem ser recíprocas, me ajudam, me perguntam se eu tô bem e também estão se dispondo nem que seja de um instantinho do tempo delas, pra estar comigo, saber de mim...

E isso é o que me motiva a querer permanecer na vida delas também...

Essas eu quero e trago perto, dentro, junto...Levo em consideração... páro tudo pra poder tentar ajudar...

As outras eu só tenho a agradecer pelo que fizeram e pelo que deixaram de fazer... mesmo podendo fazer não quiseram... ok também. Tudo bem.

Não souberam dar valor ao meu tempo, subjugaram minha boa vontade e me ensinaram a partir...

Sem me culpar, sem me ver como injusta por não dedicar à elas mais nenhum dos meus instantes...

Sigo... plena...e com a certeza de que estou agora, mil vezes mais forte do que ANTES...

L!@

Lia Rowlands
Enviado por Lia Rowlands em 27/12/2020
Código do texto: T7145236
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