Janelas quebradas
Talvez pareça tarde demais. Ou talvez só consigamos ver um pouco além dos nossos sonhos. Não podemos pedir ninguém para compreender a dimensão dos nossos desejos. Todos estão mergulhados em tentar concretizar as suas metas. O mundo apenas segue e cada individuo é como um átomo, que se dissipa para seus próprios propósitos.
Como numa sintonia de Chopin seguimos suavemente deslizando para os caminhos que nossa mente abriu. Somos o peso das construções que fazemos. Muitas janelas abertas, muitas casas quebradas.
Todos querem ao mesmo tempo falar e pouco ouvir. Somos sedentos de atenção, de carinho, de incentivo. Uma palavra que nos faltou na infância, ou mesmo algo que nos foi dito por alguém frustrado nos seus sonhos, tem o poder se nós permitirmos, de nós amaldiçoar por toda uma existência.
Mas a sofrência, permanente, não é o refúgio para o crescimento, para quebrar os grilhões da morte. Nascemos para brilhar, para ser feliz. E não importa se existem pessoas que não enxergam nosso brilho. Sempre existe Deus que nos ver de uma forma única e com a beleza real.
Somos importantes sim. Somos criações, somos criaturas. Somos seres que respiram. Somos almas que almejam constantemente amor.