2020 o ano que não iremos esquecer. E as festividades do Natal.
A chegada de 2020 trouxe a esperança do final da segunda década do Séc. XXI, com a esperança de ingressarmos em uma nova década do enigmático século, mas não tínhamos a consciência de sua impetuosidade em nossas vidas.
2020 foi um ano de muitos desafios, mudando o curso da história de muitas pessoas e até de nações...
Ninguém imaginaria que o invisível pudesse ter uma força tão torrencial e assustadora, por assim dizer, devastadora, exigindo de cada um de nós reconstruísse / recriasse uma nova forma de ver o mundo, e de se comunicar com ele...
Fomos recrutados para o isolamento social contra nossa natureza de viver socialmente, pondo em xeque a nossa “liberdade”...
Transferimos para o mundo virtual a realidade de nossas vidas, deixando de sentir, fisicamente, o toque na pele, a carícia vinda das mãos, o abraço consolador, o beijo ardente e apaixonado, o afago, o carinho a ternura...
Fizemos uso de imagens para expressar, via redes sociais, nossa forma carinhosa de manifestar nossos afetos e sentimentos bem como nossos desencantos... Recriamos a forma de demonstrar nossos sentimentos e de materializar o que sentimos, inserindo-nos em uma tendência de um novo “normal”...
As coisas mudaram... As pessoas mudaram... O mundo mudou! E continua sua trajetória caminhando em rota de colisão com a própria razão de sua existência. Com isso, aprendemos a não subestimar o “invisível”, o “desprezível”, o “inimaginável”... Eles são REAIS!
E tudo isso me faz mergulhar dentro de mim, em uma busca introspectiva para compreender que nossa luta é muito mais árdua do que se imagina ser, e que, em pleno Séc. XXI, ainda nos dias atuais, a mesma fé materializada há milênios, permanece viva e tem sido a fortaleza que não nos faz abater...
Invisível, mas poderosa; surreal para alguns e inabalável para muitos. Sem ela (a fé) é impossível estar em sintonia com Deus.
Um Deus cujos atributos excedem o entendimento humano, tornando-se reavivado no Natal, e os outros dias do ano... Onde Ele está?
Que neste ano e nos vindouros, a presença do Deus Vivo seja uma memória viva, e que sua presença possa trazer paz, saúde, harmonia, alegria, gratidão a todos que o reconhecerem em sua vida. Em todos os dias, não apenas em um único evento de nossa cultura judaico-cristã.
Levantemos a cabeça, e confiemos na esperança do porvir, acreditando no invisível, mas real.
Força imanente da vida e do amor que nos fortalece e nos abençoa!
Feliz Natal, e um Ano Novo repleto de fé, gratidão, saúde, paz, harmonia e muitas realizações.
Recife, 24 de dezembro de 2020.
Luiz Carlos Serpa