Aquele Beijo
A sensibilidade que tenho para escrever as inquietações da minha mente é a mesma que me faz afundar em lembranças. Hoje brinco de vasculhar o mistério que você me trouxe. A euforia daquele beijo, me faz pensar que foi o único beijo do qual não levou um pedaço do meu coração, mas sempre fará parte da minha história. Talvez essa seja a maior qualidade de ser sensível: todas as emoções são sempre únicas. Não vejo flores e bombons, nem nada afetuoso, mas gosto do desafio que é te descobrir, nos beijávamos leve, sem se importar com o depois, afinal só existia aquele agora. Aquela boca carnuda por muitas vezes atrevida e arrogante, dono do ego que demonstra controle de sí, e isso me desafia. Não sei ao certo o que me levou, até hoje não acho explicação, mas se fecho os olhos vejo aquela mão firme e lábios pedintes. O beijo molhado que não nega saliva, mas também não a ostenta. Que morde e implora mordida. Que procura nuca e, quando acha, acaba com ela. Que mescla carinho no cabelo, safadeza modesta e por no impulso momentâneo consigo até imaginar nós dois. Você é uma incógnita, do qual não me afeta emocionalmente, mas mexe comigo... Ah se mexe, o beijo não precisou de intenções. E eu tenho tantas com você. Mas acabou pegando uma carta de despedida. E tudo bem, você me deixa ser indecisão, eu sou um mistérios também. E toda vez que tento me decifrar, isso me assusta. Mas te descobrir me interessa. Porque no fundo isso é tudo que você é: INTERESSANTE.