O ÚLTIMO “EU TE AMO"

Ah, se eu soubesse que aquele era o último “eu te amo”, que você não mais voltaria ou que nem mesmo retornaria as minhas mensagens, eu faria tudo diferente. Um grande buraco se formou dentro de mim, incapaz de ser preenchido, impossível de ser imperceptível, um espaço que dói, dói saber que ele existe, dói saber que ele jamais será ocupado por um outro sentimento ou por um outro alguém.

Por vezes me pego olhando para as estrelas em busca de respostas, a espera de uma ‘estrela cadente’ para fazer um pedido aos céus, desejando a tua volta; me vejo na mais profunda solidão, com papel e caneta na mão, na busca por achar uma forma de me expressar, para que outras pessoas consigam entender o tamanho da minha dor, o tamanho da minha perda. Nas letras musicais vejo que muitas pessoas passaram pelo mesmo que eu, e neste momento percebo que por mais detalhada seja a letra de uma música, eu jamais entenderei o sentimento por trás daquelas palavras, e assim também será comigo.

Será que um dia conseguirei entender esse vazio, essa dor? Será que vai passar? Eis-me aqui a beira de um profundo abismo de sentimentos, pronto para pular de cara em amarguras, desolações e sofrimento, porém, reluto ao me lembrar de quando você me dizia que tudo daria certo, mas... é tudo tão difícil sem você aqui comigo, apertando a minha mão e me fazendo acreditar que tudo é possível. É ensurdecedor o silêncio ao entrar em casa pela noite, é fria a cama que antes dividíamos todos os dias e o pior de tudo, é um pecado ouvir nossas músicas sozinho.

Mas neste momento, apenas uma coisa importa. O que devo fazer para tê-la comigo novamente?