CLAREZA vs AMBIGUIDADE

Tão antiga quanto a própria filosofia, a “verdade” conveniente descreve a situação na qual cria e modela a opinião, seja em forma de simples retórica, ceticismo ou niilismo, vem aos poucos, substituindo a veracidade do argumento, como uma sequência cronológica, um momento após uma situação ou evento especificado.

Contudo, apesar de sua popularidade atual, na verdade não há nada de novo no conceito de subverter a verdade e, a mentira moderna, a pós-verdade, não é mais do que uma perfuração no tecido da verdade. Os mentirosos acham a verdade inconveniente, pois, se sentem ameaçados, então eles a contornam, prontos para abraçar a verdade novamente no momento em que esta lhes for útil outra vez.

Atualmente, numa sociedade que se importa mais com seu bem-estar diante dos acontecimentos permeados de notícias falsas e informações desencontradas no dia a dia das pessoas, os fatos objetivos têm menos peso de atuação que os apelos aos sentimentos, influenciando e modelando os conceitos, enquanto se fundamenta num antagonismo em que a uniformidade de opiniões para o argumento após o fato real disputa o consenso para a verdade a fim de sabotar e castrar a verdade por meio de uma conformidade sobre um paradoxo sem consenso.

Porém, não há sempre um espaço fixo reservado à atemporalidade das circunstâncias. Portanto, o que vem após a verdade não é necessariamente crível, mas pode se impor como uma conveniência.

Entretanto, é impróprio fazer da auto expressão e auto realização, inovação e originalidade, os desígnios principais de todos os afazeres, substituindo um modelo de significado absoluto e objetivo. A falsidade aceita a existência de uma verdade, conhece-a, mas prefere contar um relato diferente personificando uma indiferença em relação a como as coisas realmente são.

Assim, em tempos de despropósito, dizer a verdade é uma inovação, pela originalidade. Muitas pessoas evitam a verdade por medo de ofender os outros ou serem prejudicadas. Portanto, ter a capacidade e a maturidade social de se expressar a respeito das pessoas e das coisas com integridade indicativa sobre como elas são é um valor essencial útil.

Para alcançar maior maturidade e bem-estar, o aprendizado nos capacita a lidar com as dúvidas, a abraçar a incerteza e resolvê-la de maneiras positivas, porque, tipicamente reagimos à incerteza buscando encontrar, ou criar, uma elucidação plausível e, dessa forma, resolver a inquietação que experimentamos, pois nossos cérebros buscam certezas.

Motivado por um princípio não consensual, apesar de, até, sermos doutrinados, ocasionalmente nos opomos a inconsciência rigorosa acreditada da religião, para nos livrar da ortodoxia e indicar os resultados infortunos das ações e decisões beneficiadas pelos inovadores de conceitos e, explicar o risco de apenas abraçar o rigor da intransigência incomplacente da certeza, semanticamente relacionadas.

O pensamento correto justaposto à ênfase da prática correta na crença e nos atos, define a fé religiosa que afirma sermos salvos pela fé, não pelas obras. Demais, uma norma bíblica madura nos comanda a confessar nossa fé. Pois, estamos mais ligados por credos do que práticas, por confissões do que por costumes padronizados, porque a natureza mais íntima da existência harmoniza com nossas atribuições. Além de tudo, a fé não aceita inverdades. “O Espírito da verdade nunca nos levará à mentira”(João 16:13)

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 14/12/2020
Reeditado em 14/01/2024
Código do texto: T7135647
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