Taça de vidro
É noite e alguns planetas se alinham.
Escrevo, mas sem medo de errar.
Acredito que escrever alguns versos
Me acalmem mesmo sem rimar.
Há um vazio em mim
Por vezes calado
E agora não mais.
Esse vazio cheio de ecos distantes
Desestabiliza o meu ser
Chacoalhando as paredes tão finas
Cheias de cicatrizes profundas...
O que acontecerá, que não posso prever?
Vida de luas cheias
E garrafas vazias.
Blues ou jazz, o que escolher...
Me falta muito
E me falta amor,
Me sobra medo.
E o medo dói.
Dói.
Torço para que as lágrimas atraiam o sono...
E desejo que por conta do eco,
Que grita tão alto lá fora,
Eu não acabe por me despedaçar.