SENTIR
A consciência criou tudo o que há de conhecimento, entendimento e sabedoria no reino, no domínio, no espaço e na estrutura da realidade em que tudo existe e ocorre, onde incessantemente estamos iluminando a criação da existência que experimentamos, a realidade.
Somos responsáveis por nossa vida, que mantém nosso corpo guiado por nosso espírito seguindo a nossa mente que decide o nosso destino.
O pressuposto fundamental de um mundo material ser a única realidade, não é exato, à exemplo de nossa percepção não ser realidade, mas, reconhecidamente, pode se conformar a realidade de uma pessoa, com a propriedade distinta de influenciar como olhamos para a realidade. O tempo, também, conectando o passado com o futuro é um pressuposto da realidade porque não pode ser observado, mas nos motiva a presumir que existimos, pois, a natureza mais íntima da realidade é compatível com as atribuições que possuímos.
Ainda, a suposição de realidade pode ser transferida simbolicamente em antecipação ao tempo de sua aplicação, como é sobreposto o arbítrio e a ética responsáveis pelo conjunto de comportamentos como controle, responsabilidades, consequências e moralidade que percebemos como aceitáveis e inaceitáveis.
Entretanto, vivemos fora de contato com a realidade, confundindo o mundo consoante ao que é falado, descrito e medido com o mundo que realmente é. A nossa consciência imersa na memória e na expectativa nos desvia do presente e não percebemos que nunca houve, nem haverá qualquer outra experiência além da experiência presente. Pois, o futuro não é nada mais do que outros hoje, e quando a gente chega lá percebe que deixou mais ontens para trás do que há amanhãs pela frente.
Não devemos equilibrar nosso pensamento nas antecipações materiais, evitando criar fortunas e adquirir bens somente para tornar nossa realidade significativa. Tampouco, contar com nossos sentidos para avaliar e aceitar a realidade do mundo em seu valor nominal.
Dentro de nossa realidade pessoal precisamos aprender a aceitar a vida e as pessoas como são, enquanto vivemos uma vida de comportamentos práticos e generosos desprendidos de conflitos de interesses egoístas. Porque, ao olharmos no espelho somos a primeira pessoa em nosso problema.
A continuidade da experiência interagindo em nós abrange as condições em que vivemos no curso de nossa vida criando os elementos de nosso eu e da natureza que qualificam nossa existência com sentimentos e conceitos que emergem na consciência.
Devemos buscar a aproximação da felicidade na amizade, não, no consumismo e nas comodidades, para dar sentido a possuir na experiência, sem fins definitivos ou fixos para consumar nossas realizações num encontro renovado de possibilidades e antecipações.
Acima de tudo, busquemos a liberdade através da verdade, pois o homem livre é dono de si mesmo manifestado para seu próprio bem.