Juro!
Sonho verter versos alvos e calmos
E risos largos como nos antigos retratos
E cores meninas a alegrar minhas retinas
Penso
Em idos tempos
De abraços e sons ecoados
Tento
Agarrar fortemente o instante...
Mas por meus dedos, dormente, insiste em correr
Remeto-me então a concreto viver
Mas neste espaço fechado a mim destinado,
Costuma por vezes chover...
E trovões e relâmpagos invadem repentinamente meu ser
Me escondo, me encolho como fora prever
Cerro ouvidos e olhos
Espero o estampido por acontecer
Traço
O triste milagre dos versos
Rabisco breu por me defender
Rabisco um casulo hermético
Deito meu risco mais cético
Assim resguardo meu olho de ver
Durmo...
Porque flores rapidamente murcham
Olores são como pumas a correr
E deste mal,
Não desejo morrer...