Juro! 
​​​​Sonho verter versos alvos e calmos
E risos largos como nos antigos retratos
E cores meninas a alegrar minhas retinas

Penso
Em idos tempos
De abraços e sons ecoados

Tento
Agarrar fortemente o instante...
Mas por meus dedos, dormente, insiste em correr


Remeto-me então a concreto viver
Mas neste espaço fechado a mim destinado, 
Costuma por vezes chover...
E trovões e relâmpagos invadem repentinamente meu ser


Me escondo, me encolho como fora prever
Cerro ouvidos e olhos
Espero o estampido por acontecer

Traço 
O triste milagre dos versos
Rabisco breu por me defender
Rabisco um casulo hermético
Deito meu risco mais cético
Assim resguardo meu olho de ver

Durmo... 
Porque flores rapidamente murcham
Olores são como pumas a correr
E deste mal, 
Não desejo morrer... 




 
Adah
Enviado por Adah em 08/12/2020
Reeditado em 08/12/2020
Código do texto: T7130317
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