Onde está Setembro com suas flores ?

O vento ceifou os brotos secos que se cansaram de esperar pela chuva do início da primavera, o colorido não apareceu, pois Setembro não nos presentou com suas cores em flores.

Houve quem resistiu ao estio prolongado do inverno, e floresceu com o mínimo de amor dispensado e quando já parecia ter fim Setembro o ipê floresceu seus amores, da sequidão dos seus galhos tristes nasceram lindas cores e a tardia primavera chegou.

Quem espera pelo verdadeiro amor está sempre à beira de florescer, entre a sequidão da solidão e a beleza de se reconhecer em outro. Quem acredita no amor, sempre guarda sua mais linda flor.

Onde estão os amores polinizadores?

A vida os fez insensatos, bajuladores e temporais. A busca apenas da beleza das flores exalando seu perfume, e a falta de cultivo do amor em seus jardins. O dissabor de um desabrochar imaturo deficiente de sensibilidade, o amor que aí se apresenta não aguenta um vento forte e nem sequer suporta esperar por uma chuva tardia. Há quem resista a esses amores piratas, e estendem suas raízes a emoções e valores além da banalidade.

Quem acredita no verdadeiro amor luta contra a superficialidade dos sentimentos, quem espera o verdadeiro amor se machuca, floresce e desabrocha buscando nas cores do amanhã motivo para ser feliz. O que se quer entender é onde estão as flores e os amores, para fazer com que a vida tenha mais cores do que uma caixa de lápis pode conter