Meus cupins
Os cupins estão comendo meus braços.
Lentamente me dissolvo sem dor ou lamento.
Corro com o que ainda não se esfarelou: minha mente e pernas.
Não há nada de triste em ser comido.
Pelo contrário, sinto-me perfeitamente conectado com a vida.
Às vezes, em silêncio, escuto-lhes mastigando meu corpo. Gosto do som.