Doses matinais da arte de insultar
Eu vejo, esse é meu único "problema".
O problema não é que eu não consiga me amar, o problema é que não consigo fingir.
O ideal sempre irá beirar meus olhos, mas nunca minha escrita.
Ame o que faz, e magnífico é quando faz, mas nunca ache que está bom.
O meu problema é que cobro de mais de mim e pouco dos outros.
Vivemos em uma época onde homens não fazem mais homens, é "as mulheres" que fazem.
Talvez nosso problema é tentar explicar as coisas quando ninguém quer ver.
Talvez nosso apego a verdade seja tão grande quanto respirar.
Talvez nascemos em uma época errada, mas era nessa mesma que deveríamos morrer.
Talvez devêssemos parar de tentar fingir o que não somos, e que o mundo também é nosso, e nos apegarmos ao que fazemos.
Eu olho para os meus livros e penso se alguns deles já entraram na minha cabeça ou se nunca saíram do meu coração.
Talvez minha "invisão" seja visão, ou eu vivo em um mundo de cegos.
Não é problema não se amar quando nem sua mãe o ama.
A maioria das vezes se matar é matar o mundo.
Se matar é se preservar do mundo.
A maioria das pessoas se matam por se amar de mais, somado com uma arma ao lado ou não conseguindo voltar atrás.
Me pergunto se ser escritor vale a pena, e toda vez que releio o que escrevi penso que ainda vai valer.
Me pergunto se criticar faz bem ou se tomar xarope é melhor.
Nem chego a cogitar se sou inteligente, devo ter certeza.
A maioria das mulheres sentem prazer em perguntar o que o marido não têm nem noção do que responder.
Quase todas as mulheres esquecem que usar calcinha também é opcional.
As vezes acho que as crianças são mais inteligentes que a gente, só por ganharem o que não pedem, já que os "adultos" devem trabalhar.
Minha alma sorri quando escrevo algo interessante, mas logo me lembro que isso foi ontem.
Me pergunto se a maioria das pessoas sabem matemática, logo me lembro que todas estão endividadas.
Me pergunto se é possível alguém cometer o mesmo erro três vezes em dimensões demagógicas, logo me lembro que estou no Brasil.
Acho engraçado as feministas achando que suas mães vieram da cegonha, devem ter faltado as aulas de biologia.
Acho engraçado quem confunde sinônimo de antônimo, deve confundir calcinha de cueca.
Acho engraçado pessoas confundindo ponto com vírgula, devem confundir prego com parafuso ou prego com dedo.
Me pergunto se os anarquistas sabem o que é anarquismo, logo me lembro que eles só existem nas paredes pinchadas, devem confundir parede com papel, assim como confundem patrimônio público do privado, devem achar que estamos na época das cavernas.
Acho que os comunistas esqueceram de ler a principal influência de Marx, assim como esqueceram de existir nesse espaço de quatro dimensões, sendo o quarto o tempo.
Acredito que a maioria das pessoas são inteligentes sim, só esqueceram de limpar a bunda e de forrarem a cama.
Me pergunto se as pessoas que perguntavam, "Pra quê vou usar isso?" nas aulas de matemática, viraram pedra.
Não acho que as pessoas de fato pensem que matemática é inútil, elas só querem voltar no PT.
Não acho que meus textos vão machucar as pessoas, isso seria presumir que elas são burras.
Acho que quem fala que "tudo é opinião", "só leram livros diferentes", esqueceu de pular de um prédio.
Quem acredita que Nietzsche matou Deus, deve imaginar que Deus é uma pessoa e que Nietzsche a odiava.
Acho engraçado quem acha que Nietzsche matou Deus, devem ser os mesmos que acham que Nietzsche seria um prol feminista ou um esquerdinha.
Acho engraçado a literalidade que certos grupos atribuem a um livro, devem achar que quem escreveu foram ETs, e que os personagens, cenas, etc., são previsões para o futuro, ditando como devem agir desde já.
Acho que em um mundo onde até oftalmologistas estão cegos, dá um pouco de trabalho conseguir alguém que te faça uma consulta.
Quando penso que a vida deveria dar um manual, lembro que ela deu Pascal, Kant, Schopenhauer, Kierkegaard, Nietzsche, Freud, etc.. E o melhor, um cérebro.