PANDEMIA
PANDEMIA
Com o advento da pandemia do COVID 19, espalharam-se o pânico e o medo por todo o mundo.
Decerto, existe muito desencontro de informações, manipulação da verdade por parte de grupos econômicos, utilização dos meios midiáticos por interesses políticos e muita coisa desagradável que os oportunistas ventilam por aí para se beneficiar da miseria alheia e obter vantagens.
Todavia a única verdade que sobressai deste momento surreal e inédito é que a humanidade padece, não só fisicamente com a morte, mas também se definha coletiva e espiritualmente, não por causa de isolamento social, já que esse, além de imprescindível para evitar o colapso global, ensejou uma profunda reflexão interior útil e necessária, talvez o segredo do insucesso do homem moderno sobre a Terra seja a supervalorização material, em contrapartida ao descaso com o fator humano e o bem comum.
Inexistia um projeto social que visasse zelar pelo tesouro interior, cuidar da família, buscar o equilíbrio espiritual, investimento sólido em saúde coletiva, valorizar o plural, acabar com a fome, extirpar o sofrimento e ser solidário.
Cada um estava muito ocupado com o seu universo paralelo e com o seu egocêntrico padrão de vida pessoal.
Embora houvesse fartura de pertences, de tempo e de oportunidades, ninguém parecia estar disposto e disponível a dedicar muito tempo a nada. Saúde, família, relacionamentos, espiritualidade, tudo foi deixado de lado e em segundo plano, somente a vontade e o sonho individual fora prestigiado.
Certo é que essa doença é grave e passageira, claro que alguns vão morrer, a maioria sobreviverá, no entanto é preciso aprender, crescer e evoluir com esse fato histórico.
Emerge desse episódio outra conclusão óbvia: a de que o povo brasileiro é a melhor nação do planeta, que possui um clima saudável, um solo rico e uma população abençoada.
Aqui nunca nasceu um anticristo, como Adolf Hitler, Napoleão Bonaparte, Saddan Hussein, Gengis Khan, Mao Tsé, Bush, Mussolini etc, a história prova que o Brasil é um país do bem, com tradição de pessoas alegres, generosas e de coração benevolente.
Nunca praticamos o holocausto, não fomos expansionistas nem conquistadores destrutivos(como gregos, ingleses, espanhóis e romanos), nem iniciamos qualquer guerra mundial, muito menos guerra santa, não lançamos bomba atômica contra qualquer país, não provocamos chacinas coletivas no Vietnã nem Iraque, somos uma nação de paz e de união.
O brasileiro não tem heróis edificados na política ou economia, nossos ídolos são pessoas simples, de índole e valores, como Santos Dumont, Senna, Irmã Dulce, Guga, Chico Xavier.
O Brasil vencerá mais esta batalha, passo a passo, sem pressa, com segurança, como a mesma bravura da nação aliada que venceu guerras mundiais, com a coragem que conquistou sua independência, com a garra com a qual ganhou 05 copas do mundo de futebol, com a alegria que dança o carnaval e a fé que é maior que a sua beleza natural.
Há que se melhorar muito o coração humano, é preciso amar mais, fazer mais o bem, cuidar mais do outro, ser solidário e cultivar o dom da felicidade.
Em arremate, fica uma enorme lição e um profundo aprendizado: o que posso fazer para ser alguém melhor, como posso contribuir para que o planeta seja um lugar mais habitável, o que eu evoluí com essa tragédia e como posso fazer para o mundo ser mais humano, justo e feliz. A resposta deixo a cada um proferir de acordo com o seu grau de consciência e de sabedoria.
(Anailson, Uberlandia, MG)