Fardo!
As vezes é preciso escrever para tirar tudo que nos sufoca.
Em mim anseia...
Acabo sendo odiada por todos que conhecem a minha essência, e são incapazes de entendê-la. Me torno sozinha, mas mesmo sozinha, em junção à minha total deslealdade á mim mesma, me deixo em paz...
Não quero ser refém dos meus demônios, mas sou.
"...Invoco certas alteridades disfarçadas, minha juventude plena e sem planos, se esvai..." já dizia o teatro mágico, a poesia e a amadurecência, se esvaindo.
Passo os dias em uma luta, completamente ineficaz, de me esconder de mim mesma e me impedir de estragar tudo que me rodeia. E as vezes com apenas um olhar, me perco de novo, e me vejo, lá no passado, sendo feliz, sem saber o que me assombrava, e se estava guardado profundamente diante dos meus olhos...
Algum vazio que parece não se preencher. Não existe junção de propagação de ideias, formas lúdicas de inserção, tratamento de choque ou sequer um item básico que faça esse sentimento sumir.
Tem um buraco na alma!
Nada preenche...
Estou em processo.
Não em processo de cura que é muito clichê, mas em processo de deterioração.
O passar dos dias se multiplicam e eu me afundo a cada dia mais!
Não me preocupo comigo, mas com quem acabo levando no processo.
E não são muitos.
Mesmo levando a minha máscara à sério, fiz questão e faço todos os dias, de me afastar de todos que não são estritamente necessários pra minha sobrevivência básica.
Sim, podem concluir: decidida, solitária, narcisista, sociopata, que preferirem...
Só cansei de carregar esse fardo, é pesado demais.
Queria poder tirar a máscara e me mostrar, como realmente sou, como realmente sinto, o que eu quero gritar o que eu quero expurgar...
Um dia quem sabe, esse dia irá chegar!!!