OLHAR COLATERAL
Ao nascermos, nossos pais nos registram num cartório assinando e recebendo uma certidão de nascimento. Na verdade, somos escritos em registro numa corporação. Após algum tempo, recebemos um documento mãe chamado Registro Geral, que nos possibilitará tirar a maioria dos nossos documentos, e um documento para nos identificar como contribuinte, chamado de Cadastro de Pessoa Física. Servem para sermos usados como garantia para o governo adquirir dívidas. Nosso tempo, trabalho e energia apoiam a dívida nacional. Não passamos de estoque!
A saúde, um instituto bilionário que não cura, porque há muito mais dinheiro a ser ganho no tratamento de uma doença em vez de curá-la. Para quê curar alguém de câncer, em pouco tempo, quando o doente pode ser tratado pelo resto da vida e cobrado paulatinamente?
Faz mais sentido para o estabelecimento encarcerar as pessoas em vez de ensiná-las, enquanto encurta o investimento na educação escolar, mas investe na criação de detenções juvenis.
Pessoas enfrentam longos termos de prisão por pequenos delitos, enquanto estupradores e assassinos de mulheres cometem atrocidades contra suas companheiras, porque agentes preventivos fazem pouco caso das medidas cautelares.
A educação está bagunçada em meio a financiamentos escolares para uma geração que pode fazer testes, mas não tem habilidades práticas para sobreviver no mundo.
Nosso descaso pela natureza e os animais está causando mudanças climáticas e a extinção de espécies, muitas vezes pouco conhecidas. Precisamos rever nossa perspectiva sobre o meio ambiente, pois, o planeta abriga todas as formas de vida, a fim de evitar a aglomeração e proximidade de animais, prevendo doenças que estão sendo transmitidas de um animal para o outro.
Enquanto alguns países têm uma grande produção e indústria de alimentos, um consumo imenso de água para lazer, populações de muitas nações passam fome e sede, morrendo aos milhares anualmente superando as casualidades de todas as guerras atuais.
Vivemos iludidos pela maior das mentiras, que só descobrimos se tentarmos ir a qualquer lugar sem dinheiro, pois é tudo sobre dinheiro, não, sobre a liberdade.
Delegamos a nossa espiritualidade a igreja do “faça o que dizemos ou irá terminar no fogo e tortura eterna do inferno”.
Concordamos com um Estado que ameaça a legitimidade de nossos bens e a nossa pessoa, que dita fazermos o que manda ou acabaremos aprisionados.
Confiamos nossa esperança na educação que nos acautela a seguir o que nos ensina ou falharemos.
O sistema busca nos satisfazer com informações, programas e musicas desenxabida, ao mesmo tempo em que cortam os programas educativos, nos fornecendo um inúmero imenso de reality shows para nos distrair e silenciar enquanto governa o mundo.
Nossa liberdade, para sermos considerados normais, consiste em arranjar um emprego, pagar impostos, votar, casar, ter filhos, ser politicamente correto, obedecer a lei, estar atualizado na mídia, assistir televisão e economizar para a velhice.
O que resta de bom no mundo é ignorado pelo brilho do mal disfarçado, cujo clarão ofusca nossa percepção do bem sobrevivente.
Embora seja regular e convencional a cobrança pelo governo, não podemos direcionar aos governantes da Terra aquilo que é devido exclusivamente a Deus. Portanto, “Daí a Cesar o que é de Cesar” (Mt 22, 21)