Por que não sentimos Deus?

Dias desse peguei-me com uma explicação sobre à existência da Partícula de Deus, “o Santo Graal”, existente em uma infinidade de coisas, como também em seres humanos, e animais, de como as ideias da criação por um Big Bang, deixavam muitas incógnitas.

Lembrava-me de ter visto um documentário, sobre terem achado à Arca de Noé, e em outro documentário arqueológico, várias carruagens, e artefatos, que ficaram pelo Mar Vermelho, quando os soldados estavam a perseguir, o povo hebreu guiados por Moisés na Travessia do Mar Vermelho.

Recentemente li um texto belíssimo de um escritor húngaro que traz à conversa entre dois bebês no ventre da mãe, onde, um pergunta ao outro, se acredita em vida após o parto, trago um trecho:

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- Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez nós poderemos andar com as nossas próprias pernas e comer com nossas bocas. Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora.

O primeiro retrucou:

- Isto é um absurdo. O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o mais de que precisamos. O cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto está fora de cogitação.

O primeiro contestou:

- Bobagem, e além disso, se há realmente vida após o parto, então, por que ninguém jamais voltou de lá?

- Bem, eu não sei, disse o segundo, mas certamente vamos encontrar a Mamãe e ela vai cuidar de nós.

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Então lembrei, de um belo rapaz, que trabalhava comigo, tinha seus dezessete anos, a família toda cristã, muito fervorosa, participante ativa da igreja, me dizia que não acreditava em Deus, por uma simples questão, e me falava assim:

- Simplesmente não acredito, porque não sinto sua presença, vocês dizem que o sentem, mas eu NÃO SINTO DEUS EM MIM. Como vou acreditar, se não o sinto?

Eu olhava perplexa, pois eu conseguia sentir Deus de forma absurda falando comigo e na minha existência, era um sentir que eu não podia controlar, e naquele momento, por mas que quisesse falar algo, calei-me, pois não tinha uma resposta para aquela indagação.

Mas uma coisa, me deixava sem entender àquela situação, pensava... como pode? Uma das pessoas mais bondosas, amorosa, humilde, e puro de coração, que eu conhecia, era aquele menino, eu o admirava, e como podia ele, não sentir a Deus, pois, eu via Deus nos olhos dele, na forma como ele falava, e como tratava as pessoas. Não era em todas as pessoas que eu via Deus, de forma tão clara...

Isso me perturbava...

Lembrava também de Santa Mônica, que intercedia sobre o filho Agostinho, este, ateu, dotado de uma inquietude e busca pela tal da verdade, porém, ela, antes de morrer viu o filho cristão fervoroso, mãe e filho de uma mesma família, tornaram-se santos.

Então depois que li o texto do escritor húngaro, que termina falando do sentir à presença da mãe, e comparado a Agostinho em sua vida de busca pela verdade, fui parar numa lembrança bíblica, ao qual, os apóstolos ao lado de Cristo brigavam entre si, pois estavam discutindo, competindo entre eles, qual era o melhor, então Jesus vós falou:

“E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” (Mateus 18.3)

A pureza, humildade, a “capacidade de entrega”, assim como o bebê que acredita ter vida após o parto, consegue se entregar, e sentir, falta à algumas pessoas despir-se de suas bagagens, às vezes, ficamos muito cheios de si, digo cheios de nós mesmos, e essa tal bagagem dificulta o encontro com Deus.

Te convido a despir-se de suas bagagens e tentar ouvir a voz de Deus, que sopra no seu ouvido, afinal de contas não somos só corpo, somos alma também.

Final da analogia:

O segundo disse:

- Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir.

Disse o primeiro:

- Bem, eu não posso vê-la, então, é lógico que ela não existe.

Ao que o segundo respondeu:

- Às vezes, quando você está em silêncio, se você se concentrar e realmente ouvir, você poderá perceber a presença dela e ouvir sua voz amorosa."