Ser poeta.

Não sei os colegas.

Mas.

Seria trocar o tempo pelos dedos.

Aturdindo como um opositor as palavras.

Ensinar o sopro ao vento.

Se aproveitando.

Enquanto não se nubla de negro.

No papel desvirginar.

E se ouvindo ao longe.

Alguém que não consegue se firmar.

A vontade de um amor que não se tem.

Pouco se ligou não dando asas e se perdeu.

Triste se ficando.

Quando das batidas no portão.

Se anunciava como saudade.

Que vontade de colocar a cabeça no leito de um rio seco.

Que todo ressabiado.

Escondendo as águas num sub solo.

Eclamou a vagar.

_ Eita, comigo não.

Vá um outro leitor angariar.

JC

Tracaja
Enviado por Tracaja em 03/11/2020
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