Direitos e deveres na Educação
No Brasil se fala muito em “direitos” e evita-se, como se fosse pecado, falar em “deveres”, exceto quando se trata de atribuí-los ao Estado ou à Sociedade.
Um exemplo clássico, que já se transformou em lugar-comum, é o “direito à educação”.
Onde existe um “direito”, automaticamente haverá um “dever” associado. No caso da “educação” o ônus ficou a cargo do Estado.
Mas apesar do que se propaga, o Estado não tem condições filosóficas de educar ninguém, ele pode no máximo propiciar escolas para quem queira frequentá-las.
Aí o candidato a cidadão, depois de inserido numa escola, passa a ter o DEVER de se educar.
Se não for assim, os professores, as escolas e o Estado terão que propiciar caminho fácil para pesos mortos e delinquentes percorrerem 15 ou mais anos de “estudo” até chegarem ao seu diploma, porque eles estarão simplesmente “usufruindo de um direito”.
Em se tratando de comportamento, não se educa quem não quer ser educado e não se muda o destino dos que são obstinados na inércia.
Em se tratando de direitos e deveres, não se constrói uma sociedade justa e sólida baseada na irresponsabilidade dos indivíduos
Não existe justiça quando se alivia a carga de uns transferindo-a para os ombros de outros.