Pensamento

Eu não entendo a necessidade social de fingirmos as coisas. Não entendo porque precisamos dizer que está tudo bem quando, de fato, não está. Não entendo as pessoas não aceitarem que os outros, bem, estes, não são elas. Não entendo que sejamos limitados em entender que cada ser humano é um mundo.

Ao mesmo tempo, entendo que seja um movimento difícil demais. Aceitar o outro, em primeiro lugar, passa pelo aceitar de si mesmo. Para sermos bons com os outros precisamos estar bem na nossa própria pele.

E estar bem na nossa pele no decorrer do tempo, é uma luta, uma coragem irresistível de resistir ao imposto para nós. É assumir os valores, é fazer a vida ter sentido, não aceitando o piloto automático, mas aceitando ser o piloto.

É uma jornada maravilhosa, porém dolorosa. Quanto mais o dia amanhecer, mais renovação é necessária e quanto mais eventos ocorrerem mais somos confrontados que não somos donos de coisa alguma, mas somos donos da liberdade de existir.

Fato é que ter a liberdade de existir, quem sente, respeita a liberdade de outros, respeita a escolha, respeita com longo espaço para a liberdade do outro.

Isso é essencial.

Mulher Anônima
Enviado por Mulher Anônima em 01/11/2020
Reeditado em 01/11/2020
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