Sopro de Deus

Por Nemilson Vieira (*)

O vento toca as correntes de ar, as nuvens; acaricia as folhas das árvores, os nossos corpos fadigados…

Remove os areais dum lugar ao outro, forma lençóis, dunas nos litorais; dissipa plumas nos ares… Sustenta as aves nos céus.

“O vento não sabe de onde vem e nem para aonde vai”, ao passar por 'birutas' indica a direção…

Toca o barco à vela, pequenas, médias e grandes embarcações, mar à dentro ou rumo ao cais; dá ao náufrago o socorro, aos tripulantes à segurança.

O vento apaga a chama da vela e alimenta o fogo; manso, suaviza o tempo nos dias de calor.

Um vento forte assusta, agita os mares, as ondas, as árvores, as pessoas; destrói, fomenta o medo...

Gostoso é ouvir e sentir, o farfalhar da palha da palmeira, ao vento! O perfume das  flores ao beijo.

O embalo da pipa no alto, dá prazer às crianças na terra!

Há uma brisa sentida, diferente no meio de nós, humanos. Acalenta a vida, é o sopro de Deus no vivente.

*Nemilson Vieira

Acadêmico Literário