DETERMINISMO?!

Não que a vida resuma-se exclusivamente a um lançar-se diante às vicissitudes espaço-temporais

Mas por que nos paralisarmos perplexos e atônitos diante questionamentos cuja importância está para além do simples e puro ato de viver?!

Que nos importa morar aqui ou em qualquer outro lugar, se é que há um destino a nos controlar?!

Se tudo já está predestinado, então para que lutar?!

De que vale a beleza, se só admirarmos a quem o destino permitir?!

De que vale você ou eu sonharmos, se a concretização dos sonhos não depender de você ou de mim?!

De que vale o amor, se só amarmos a quem o destino escolher?!

Em que se fundamentará nossa responsabilidade, se ser bom ou mau não depender de nosso próprio ser?!

Para que se esforçar para vencer, se já está designado quem será o vencedor?!

Por que, então, se entristecer diante as derrotas?! Percebes agora que, se assim o for, não tens culpa de seres um perdedor?!

Ó destino medíocre e ordinário, será que tu existes de fato?!

Se é que existes, então por que não me coíbes de tentar provar que tu não passas de um devaneio oriundo das mentes dos quais se sentem inaptos para fazer do amanhã uma realidade em consonância à sua vontade?!

Oh! Como são tolos os que acreditam em fatalidades!

Como são ingênuos os que pensam que é o destino que nos atribui oportunidades!

Quando iremos perceber que somos nós que fazemos a realidade!

E que o livre-arbítrio é a mais genuína e absoluta entre todas as verdades?!

Maikon Jekson, 10/ 1996