Solidão que afaga minh’alma.
A solidão afaga minh’alma.
Sempre só, e multidão.
Viagem, mente e estradas,
Viajadamente
Mente, amante,
Mente minha que viaja.
A solidão afaga minh’alma.
Os gritos de meu silêncio
Ecoam no vazio de meus cômodos,
Que incomodam o silêncio dos cômodos de meus uivos,
Em minha amada mente que mente e viaja.
A solidão me afaga.
Afoga e afaga a fé que me flagra,
Afagia: gritos
Alforje de lembranças;
Na cela que me sela o cavalo, a solidão.
Somente sou mente,
Mente, premente, demente
Premente, mente, de mente.
Mante a terra de meu ser.
Sou amante de minha própria solidão,
Mormente, é ela a mente que viaja.
Eu, aqui, ali, viajante, só.
Ambages de minha mente insólita,
Cavalo de Tróia de mim mesmo!
Solidão que afaga minh’alma,
Afoga e afaga e mente,
A Mente amante,
Minha mente que mente,
Mente que forja e foge,
Forja minh'alma
Fuja meu alforge,
Fuga, minha mente,
Forjes a mim,
Minha mente, premente que mente,
Minha jaula.
Guarde minha mente, se mente semente que mente e viaja.
Solidão, afago de minh’alma...