UM PENSAMENTO
UM PENSAMENTO
Estamos num período de recolhimento e encolhimento, os deslocamentos físicos estão em inércia, não sabemos se temporais ou atemporais, porém paradoxalmente, há uma mobilidade nunca dantes vista, portanto, é hora de dar tratos à bola para encontrar saídas e soluções. Uma coisa é certa, saídas só serão encontradas através do pensamento, que só é profícuo, quando alicerçado na ciência e no saber.
É tempo de, aproveitando o contexto extremo, dar o devido valor ao ensino, em todas as suas vertentes e graus, para que se possa enxergar portas e abri-las para um novo horizonte, totalmente diferente e desafiador. Não seremos mais os mesmos nem viveremos como nossos pais.
Estão e estarão chegando a passos largos:
. a invasão da inteligência artificial
. a robótica na substituição de humanos
. a mudança da matriz energética
. a biotecnologia e a neurociência e seus impactos éticos
. a nanotecnologia
. a internet das coisas
. as demandas e legislações ambientais buscando a preservação da biodiversidade visto o equilíbrio do meio e a manutenção da vida
. a digitalização e a transformação das relações, valores, conceitos e comportamentos
. e last but not least o novo humano diferente em sua natureza e práticas, os longevos e suas dificuldades de adaptação e os margitais ( marginais digitais ),aqueles propensos a realizar ataques cibernéticos, ou aqueles incapazes de participar da mudança por absoluta falta de conhecimento e capacidade de interagir no mundo digital.
O vírus veio acelerar a disrupção dos negócios, a agonia do “business as usual”, com sua hiperespacialidade, as mudanças de conceitos e necessidades, um grande exemplo de globalização.
E o Brasil?
Salvo por pequenas ilhas de excelência, estamos extremamente atrasados estrutural e conjunturalmente no universo tecnológico, porque a sociedade brasileira não acorda para o essencial. O essencial é a educação, tudo o demais vem a reboque.
Nossa matriz educacional é atrasada, sem relação com a atualidade e suas necessidades, sem qualidade em todos os níveis. Não para vencer, mas para poder participar desse novo mundo precisamos revolucionar o ensino dando ênfase inicialmente a uma base forte de compreensão e interpretação da língua e dos fundamentos da matemática, para alicerçar o desenvolvimento técnico e universitário, que provocam sucesso na pesquisa e no desenvolvimento, inovando o viver e incrementando a produtividade e o consequente aprimoramento na distribuição de renda. Sem isso, continuaremos com ilhas, sem massa crítica para participar e fomentar a mudança. É chegada a hora, ou será que já passou da hora, de parar de discutir ocorrências mas acordar para as consequências. Elas serão gravíssimas, com sério risco de uma explosão social. Para encerrar ou escolhemos a educação, ou escolhemos a educação, a sorte está lançada e espero, parodiando Einstein, que a falta de educação para a tecnologia não nos faça os idiotas e escravos do mundo.