O NADA E O VAZIO NÃO EXISTEM

Como percebeu o químico francês Antoine-Laurent de Lavoisier, “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, o que equivale dizer que o nada não existe, em função de uma vasta cadeia de transformações, que como num círculo vicioso, não tem começo e não tem fim, e que em última análise, evolui da energia preexistente e retorna para essa mesma energia, estabelecendo o moto perpétuo.

Como perceberam os filósofos Zenão de Eléia e Baruch de Espinoza, e também o físico Albert Einstein, o vazio não existe, pois o Universo ocupa todo o espaço, e ele é totalmente preenchido por três constantes cósmicas que são a Energia Centrípeta, a Energia Centrífuga e a Energia Rotativa, as quais se produzem de si, por si e para si, infinitamente, e essa produção (não criação) é tudo o que existe no Universo. Não se trata de criação, o que seria algo de novo, e no Universo não há novidade alguma. Portanto, não existe o criador, mas sim o Autoprodutor.

A Filosofia, a Ciência e a Teosofia (Sabedoria) exposta na Bíblia, aqui se reúnem, e se abraçam. Vejamos:

Eclesiastes 1:9,10,11 e 3:15 – O que foi, isso é o que há de ser, e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que nada há novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. Já não há lembranças das coisas que precederam; e das coisas que hão de ser, também delas não haverá lembrança, nos que hão de vir depois. O que é já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.

Com efeito, se nunca há nada de novo e tudo se repete infinitamente, isto significa que não existe a criação, não existe o nada, não existe o vazio, e como o Universo é tudo, não existe também o fora desse Universo. Para completar, contrariando a ciência, não há também o evento da expansão, pois não há para onde o Universo se expandir. Ele é estático, autocontido e pleno de movimentos infinitos no seu interior.

A percepção mais ampla do contexto universal, talvez para o cumprimento da profecia que concede o conhecimento de Deus aos que nada são, (I Coríntios 1:26 a 29) foi conferida ao sapateiro alemão Jacob Boehme (1575-1624), podendo ser examinada em sua vasta obra literária, e também pode ser observada, na forma sintética e resumida, pelo exame das Dez Breves Lições da Theosophia na página 3 da nossa modesta escrivaninha, e também a imagem do Universo, na página 38 do e-livro O Caminho Para o Tudo.

Os últimos capítulos da Geração Cósmica do Terceiro Princípio estão sendo exibidos, claro que não na nossa limitada noção de tempo, mas a possibilidade do conhecimento de Deus, agora com essa mais nítida percepção da promessa constante em Hebreus 8:11, e também do caos progressivo que se instala no planeta, são indicadores de que é tempo de deixarmos de lado as futilidades da vida, substituindo-as pela busca da evolução espiritual, que permite a obtenção dos conhecimentos espirituais, a capacidade da sua compreensão, a sabedoria para utilizá-los, e tudo concedido exclusivamente pela Graça de Deus.

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 18/10/2020
Código do texto: T7090204
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