As operações do amor
Dizem que o amor e a razão raramente têm a ver. São distintas formas de agir e pensar.
Mas eu acho que, bem lá no fundo do nosso ser, andam de mãos dadas, que namoram às escondidas.
O amor, uma emoção tão cheia de outras pequenas emoções, é uma operação matemática...
Se nos adicionarmos, ele aumenta; se o adicionarmos repetidamente, até se multiplica.
Se nos subtrairmos, ele diminui; em subtrações sucessivas, divide-nos em pedacinhos ou reduz-nos a nada.
O amor, a meu ver, é aquele que até hoje conseguiu provar matematicamente que 1 + 1 podem ser 3 ou mais.
E talvez esta seja a explicação matemática da razão pela qual nem sempre os amores vencem: Porque desperdiçamos mais energia do nosso ego, na subtração, do que em rentabilizar o tempo da mente e do coração, no ato de somar.
Nem sempre a razão tem que ter razão e nem sempre a emoção tem que ser assim tão desprovida de raciocínio ou explicação cientifica. Às vezes, a linha, pode ser ténue, muito mais do que aquilo que pensamos ou amamos.