desgaste cotidiano

é como não se sentir tão bom para si mesmo, e

ficar inerte a tudo que desmorona ao seu redor.

as vezes me sinto como um passarinho em uma gaiola, mas

preso do lado de fora do meu corpo, me sinto

preso na minha nevasca escura, me sinto em

pânico sem saber o motivo.

as vezes sou uma

simples caneta que começa a falhar

e nessas

horas queria ser um lápis, para se

reconstruído

em instantes, as vezes sou uma

imensidão de

dejavus jamais visto.

me sinto preso, sem ar.

me sinto perpendicular à tristeza e solidão

passageiras no meu vagão que percorre minha

vila com velocidade habitual.

as vezes coloco a sujeira em baixo do meu

tapete de felicidade, mas as vezes nem chego

a limpar.

como a vida é desgastante, me quebrando em

pedaços que um dia nem existirão mais.

jefe feitosa
Enviado por jefe feitosa em 16/10/2020
Reeditado em 16/10/2020
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