INSATISFAÇÃO

À cada manhã renascemos para a vida e nossos afazeres, muitas vezes fazendo coisas que realmente não queremos. Entretanto, não nos renovamos.

Por motivos que não conseguimos identificar, atribuímos aos outros nossas deficiências sem buscar operar as mudanças necessárias para promover a nossa felicidade e um envolvimento eficaz em nossa maneira de pensar, falar e agir.

Sabotados pela programação subconsciente que ocorre ao longo de nossa existência, e incapazes de nos expressar e lidar com a nossa intimidade, evitamos e fugimos dos problemas sem ponderar sobre as coisas e situações que nos afligem.

A única razão pela qual as pessoas não sabem é porque não se importam em saber, pois a informação nos rodeia. Portanto, a ignorância não constitui uma desculpa. A pessoa ignorante é aquela que não quer saber!

Podemos aprender muito apenas observando o panorama cotidiano das coisas e da vida das pessoas. Às vezes, assistimos algumas pessoas bem encaminhadas em situações favoráveis estagnarem no meio do caminho. Tais circunstâncias nos compelem a ponderar o porquê dessa desaceleração, razões que devemos avaliar com compaixão, pois, pode ter sido algo que infligiu um golpe em sua confiança ou autoestima que as fez sentir secretamente derrotadas e questionarem ao que tudo isso somou, procurando o fundamento no trajeto de sua vida. Ou, talvez cansaram da rotina por tanto tempo que em algum lugar ao longo do caminho invalidaram o propósito para o que estavam seguindo.

O objetivo da vida não é realizações. A vida é difícil. Às vezes, simplesmente continuar é um ato de coragem. Entretanto, a superação subjacente a chegar ao topo pode transcender o sucesso inicial intencionado. Em outros casos, muitas pessoas se prendem a hábitos, impressões confortáveis e se tornam complacentes e entediadas, apesar de suas ocupações, parando de produzir eficazmente em um determinado momento de suas vidas.

A gente apenas conquista a si mesmo. Nossa criação doméstica e a sociedade participam na construção de nossa perspectiva, que, às vezes, concorrem para nos enclausurar em circunstâncias nas quais nós mesmos nos mantemos aprisionados nos personagens, autoimagem, reivindicações e lembranças acumulados da infância que sobreviveram e nos mantém imobilizados na experiência.

A longevidade, o sofrimento, o amor, a tolerância pelas coisas imutáveis e a responsabilização pelos riscos que assumimos nos ensinam que não aprendemos certas coisas com os outros, que a maioria das pessoas nutre uma imparcialidade sobre nós, pois se ocupam pensando em si mesmas, e algumas não nos aprovarão ou amarão, que o mundo idolatra o prodígio, a beleza, a riqueza e o antecipado, mas dimensiona o caráter, e no final da estrada encontramos a nós mesmos.

A forma de nossa vida é construída sem impermeabilidade numa história de muitos capítulos que não acaba por conta de um tombo ou uma parada ocasional. Devemos olhar para frente e continuar para atingir um desfecho aceitável, por que o aprendizado que conta é o que aprendemos após a experiência.

É importante refletirmos sobre onde estamos em nossa caminhada e como nos sentimos em nossa estância na vida, para não nos tornarmos em fugitivos consumados de nós mesmos.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 15/10/2020
Código do texto: T7088095
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.