Receber a graça

Eu não escrevo sem a vontade, nem o consentimento de Deus, o que neste intervalo eu sinto muita angústia e aridez espiritual. Mas agradeço assim mesmo, pois Deus é Pai e nem sempre como um bom pai satisfaz o meu prazer em poder oferecer em esplendor, para que eu não envaideca minha alma. São momentos que sinto muita solidão para o próximo passo, em esperar com paciência até que receba novamente de vossas mãos a atualização das novas percepções. Sinto oprimida e triste quando não escrevo, mas se faz necessário intervalo contínuo entre um pensamento e outros com humildade, sentindo fraqueza e inútilidade, para quando na próxima oportunidade em receber a graça, experimentar de forma abundante e próspera a partilha concebida para publicar a boa nova. Não há nada que me impeça de escrever, mas para mim qualquer coisa não corresponde às minhas exigentes expectativas, vinda do céu é mais gratificante. E como saber se é ou não divino? Com ousadia e habilidade, impulsionando todo o meu ser, estando em sintonia com o espírito santo. Senti que talvez hoje não era o melhor dia, mas me atrevi a procurar subir mais alto, para sem mesmo merecer, receber em poder me deleitar de tão grande saudade que sinto, das palavras certas em dias incertos. Segurando na minha mão, eu te peço pausando, que eu junto a vós, saiba escolher entre o vocabulário austero do que me é permitido expressar, assim muito além me presenteia para salientar, urgir pela necessidade em não concordar com os dias estéreis, que não conformo, mas sei que é preciso para reconhecer minha humanidade limite .

Juliana Amorim Alves
Enviado por Juliana Amorim Alves em 12/10/2020
Reeditado em 13/01/2021
Código do texto: T7085537
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