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Antes uma euforia do que um recalque, caso com essa força que exerce e é de ordem magistral. É angustiante viver no masoquismo moral, por isso caço o que me traz lucidez. Somos feitos de pulsões e presos em inibições, como negar o que é de ordem natural, o gozar é primordial. Olhar o mundo com uma posição subjetiva de covardia parece ser retrógado. Prove, coloque, tire, chupe, ame, experimente, pode ser algo vital ou efêmero, que seja, mas isso tudo é combustível é potência então precisa ser sentido e tocado. Intensifique, identifique o que te faz bem, o que deseja, o que gosta. Toque e se toque desde que tenha permissão, desvincule a imagem do sujo, do que é ordinário, em fim se liberte. Navegue nesse mar, seja flexível sem dar chances para anacronismos, tire suas dúvidas do que é pantanoso ou não, desvende e veja o que é satisfatório.

Não tem motivos para se punir, se trancar e se calar. É no silêncio que mora as maiores provocações, talvez um analista é pago para ser testemunha que velhos padrões não funcionam mais. Chega uma hora que temos que descondensar, esvair, escorrer pelas mãos. Se auto questionar é tão bom quanto um copo de água no meio do deserto. Refresque –se, busque seu frescor ao meio ao calor. O que te faz chegar aos céus, depois de conseguir o que deseja, o tédio chegará, vivemos em um pendulo. Antes procurar o que te leva ao gozo do que reprimir, convide-se a conhecer e desvendar mistérios. Marque sem a intenção de apagar, sem se limitar, sem pontos antigos de referências só com suas e únicas verdades e o seu repertório de vida.

Só se reprime o que nos atrai, quanto maior a barreira ou defesa, maior o desejo e a vontade. Dizem se contenha, sente- se assim, faça assado, não conseguem se conter e entender que estão se auto negando, pois estão em um tremendo e imenso desespero procurando achar meios para imprimir isso. Sua vontade pode ser mascarada, porém continuará ali, mas você não pode calar ou negar o gozo do outro. E isso se torna um ciclo provocador, depois consequentemente um habito, por fim um comportamento condensado onde dizem que aquilo é o certo. A subjetividade do ser humano da abertura para entender que cada cabeça, uma sentença.

Alex Clementino
Enviado por Alex Clementino em 10/10/2020
Reeditado em 10/10/2020
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