DUALIDADE E TANGO
"E quando o encanto é maculado pela dualidade?
E quando não é tão somente rimas e versos...
E sua dura incógnita e seu temido labirinto deixam de ser enigmáticos e os tornam dolorosos?
A dualidade confunde, inibe, machuca e entorpece.
Por ela morremos e justificamos a violência.
Dois lados e uma mesma dança...
Que une e segrega.
Poucos saem ilesos de sua beleza, sem sangrar.
Suas nuances intrigam e menosprezam.
Não são apenas escolhas dos passos...
São belíssimos duelos disfarçados de cultura, uma marginalização justificada pelo preconceito enraizado.
Enfim... Precisamos da dualidade para entendermos o Uno?
Drica Barreto Borges