Genocídio cultural
Nessa época em que tanto se fala em “genocídio”, está em andamento um processo que, por trás de todo o “barulho” que ele provoca, esconde um propósito macabro que se desenvolve silenciosamente. É a situação em que o excesso de fumaça esconde a verdadeira extensão das chamas.
As discussões sobre identidade de gênero estão acontecendo porque em algum momento uma pessoa “iluminada” chegou a conclusão que os sexos são construções sociais, contrariando uma certeza que a Humanidade adquiriu através dos milênios.
Numa primeira etapa, o termo “gênero” passou a ser usado como sinônimo de “sexo”. Na etapa seguinte o número de “gêneros” começou a ser ampliado e assim, de quatro ou cinco, passaram a ser dezenas e os sexos estão aos poucos sendo extintos por não atenderem às “necessidades individuais”.
Os pais estão deixando de ser pais para serem “cuidadores” e o papel destes é colocar os filhos na escola o mais cedo possível e os deixarem lá o dia todo, de preferência.
Os professores passarão a ser “educadores”
Dessa forma, as crianças passarão mais tempo com os “educadores” do que com os “cuidadores”, recebendo com mais intensidade a “redentora” educação do Estado.
Numa absurda inversão de posições, uma minoria de ativistas que se apresentam como ateus, tem insistido que a religiosidade é um mal que tem dificultado o desenvolvimento material da Humanidade, ignorando propositalmente que esse progresso teve participação majoritária de povos de cultura judaico-cristã.
Esses três processos são suficientes para exemplificar o que existe por trás do “progressismo”.
Se trata na verdade do corte do elo que nos liga ao passado, à Cultura, a orientadora que conduziu nosso modo de viver (até hoje).
Então, muito mais grave do que os “genocídios” inventados quase que diariamente pelos “propagadores de fumaça”, está em curso o genocídio cultural não só aqui no Brasil, como também em outros países.
A alegada libertação dos indivíduos da “sociedade e pais opressores”, contem na verdade uma intenção de aprisionamento em que esses indivíduos, privados das bases sólidas de uma cultura secular ou milenar, se tornam dependentes de outra cultura, artificial e descartável, que terá que ser renovada diariamente para que “apenas” alguns milhares e não milhões deem fim à própria vida por falta de pontos de referência mais sólidos do que filosofismos inúteis.
Será o genocídio de fato, a etapa que se sucederá a esse genocídio cultural?
Para reflexão, temos que lembrar que os judeus não sucumbiram ao antissemitismo de dois milênios devido à sua sólida cultura assentada sobre as bases da tradição religiosa.