A Filosofia
Em se considerando as sociedades e a Humanidade como o conjunto dessas sociedades, a Filosofia só faz sentido na medida em que ela ajuda os indivíduos a superarem suas limitações emocionais, psicológicas e sociais na busca pelo bem estar material e espiritual, principalmente.
Ela é útil na medida que valoriza a individualidade, o crescimento do Ser e em consequência, reconhece as contribuições que cada indivíduo dá para o crescimento do todo.
Quando ela age para anulação da individualidade, para reforçar o “espírito de rebanho” ela não só é inútil como maligna.
Todos nós somos filósofos por natureza, portanto, a Filosofia enquanto ciência, deve agir no sentido de reforçar esse atributo natural, orientando os indivíduos e não aniquilando um dom.
As ciências em geral são úteis porque elas nasceram em função da necessidade da compreensão do que já existia. Uma ciência não poderia nascer antes da existência de seu objeto de estudo.
É inegável a contribuição que a Filosofia deu para que a Humanidade chegasse ao estágio atual de desenvolvimento material e cultural.
Mas poderíamos estar bem à frente se não fosse os obstáculos criados a partir do momento em que ela entrou num círculo vicioso em que passou a criar seus próprios objetos de estudo e a impor esse comportamento como se fosse o melhor para o mundo.
De Ciência ela se tornou “ciência” amorfa, que parte do “princípio da inexistência” como fundamentação para criar uma “existência” indefinida e mal explicada, onde só existe o coletivo, ou seja, o indivíduo não tem lugar nela.
O parâmetro para reconhecimento da utilidade dos indivíduos para o todo passou a ser exclusivamente a contribuição que cada um dá para reforçar esse sistema hermético e ilusório.
O Ser liberto é feliz e anseia por compartilhar sua felicidade com os que o cercam.
O prisioneiro fica impedido pela própria ignorância de perceber sua condição de uma vida sem sentido.
Essas são as contribuições da Filosofia e da “filosofia”.