Com 25 eu...
- Cai de moto três vezes.
- Tropecei em linha reta e caí de maneira boba ao abrir uma cancela.
- Chorei assistindo "Anne with tan E" pela terceira vez.
- Fui ao cinema sozinha pela primeira vez. Vi bacurau e saí de lá descompassada.
- Subi ao morro do Pai Inácio e quis, de novo, ser pássaro pra sair voando pela Chapada.
- Venci o meu medo de altura descendo de tirolesa.
- Ganhei uma fitônia. Matei a fitônia.
- Me apaixonei. Isto me rendeu bons textos, novas questões pra terapia e algumas compreensões
- Resgatei sonhos antigos. Me movimentei para torná-los reais.
- Abracei mamãe. Chorei envolta dos seus braços e desejei retornar ao seu útero quente e seguro.
- Cantei chorando com Gil que "preciso aprender a só ser ".
- Li Gabo e Galeano pela primeira vez e senti como se precisasse ter lido antes.
- Vivi na pele a "crise do quarto de vida" que me levou a repensar todas as minhas certezas até aqui. Isto me ensinou que "certezas são gaiolas."
- Me aventurei no Beach Tennis, no Yoga e no Pilates e descobri que não preciso me forçar a gostar de musculação, eu tenho infinitas possibilidades.
- Aprendi que os meus acertos me ensinaram muito, só que foi errando que eu mais me expandi. Foi fracassando que eu me ampliei. E eu erro muito, porque estou sempre a tentar algo novo.
- Levantei questões novas sobre como existo e me apresento, sobre o que anseio e sobre o que me angustia.
- Compreendi que a juíza que me habita, quando julga, diz mais de mim que do outro. Todo julgamento é carregado de história pessoal. E confessar isso me ensina a ponderar e acolher.
- Cortei o cabelo e assumi os cachos e isto deu início a uma sequência de desconstruções que parece não ter fim. E talvez não tenha mesmo. rs
E por último e não menos importante, aos 25 eu aprendi que talvez tudo o que acabei de escrever aqui talvez já não faça mais sentido amanhã. E tudo bem. Poderei escrever novas coisas.