AUTENTICIDADE vs IMITAÇÃO

Através da ciência, criamos tecnologia e, ao usar novos recursos, nos recriamos. A tecnologia permite o desejo insaciável da natureza humana de ser todo-poderoso. Mas, a tecnologia não nos machucará sem a ilação do ego humano.

O que nos resta como ser humano equivale a uma parte para um ser pensante, para uma propriedade falada e uma manifestação atuante. Porque não dá para infundir um único indivíduo com uma consciência coletiva para livrar a hipocrisia, a auto-justificação e o distanciamento. Mas, em nossa manifestação significar o que é ser humano, e o que significa ser este ser humano como o único seguro disponível contra a vulgaridade do coração, sem sermos alheios aos sentimentos que articulamos

Hoje, ninguém mais ler livros, tornando as bibliotecas obsoletas. Para a gratificação instantânea, o Google substituiu as enciclopédias. As mães não conversam mais com as crianças para solucionar as tarefas escolares, em vez disso usam computadores para auxiliar os filhos com os deveres de casa. Crianças pequenas navegam no computador, em lugar de se divertir com brinquedos. Na cama, os casais, em vez de abraçarem uns aos outros, seguram celulares verificando se há mensagens, alertas ou chamadas em seus telefones.

Estamos perdendo uma parte significativa de nossa intimidade e cultura, deixando de estar presentes na interação entre os outros e nós mesmos, de olhar nos olhos um do outro e ver a alma do próximo. Aos poucos abandonamos essa condição humana, nos programando para conexão num teclado ausente de sentimentos, toque e amor, substituindo a profundidade e sabedoria do relacionamento, pondo em cheque o futuro das ações humanas, fazendo humano, em vez de ser humano. Quando nos desconectamos entramos em crise funcional.

Definitivamente, estamos perdendo a arte de estarmos presentes na interação entre os outros e nós mesmos, substituindo a civilização atual pela ciberização, através da tecnologia e suas redes sociais.

Cada vez mais as pessoas se distanciam escolhendo ficarem sozinhas, perdendo essa insubstituível condição do conhecimento interior de nossa essência e autenticidade. Aos poucos, a solidão gera a ansiedade, depressão e a doença mental.

Somos alvos da nostalgia, um sentimento muito mais ligado aos lugares do que às pessoas em nossa procura para encontrar um papel adequado no mundo, buscando habilitar a sensação passageira da experiência num momento percebido, enquanto defendemos nossa permanência.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 06/10/2020
Código do texto: T7081280
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