A LUZ DO UNIVERSO
Algumas pessoas, mais persistentes, enfatizam com maior impetuosidade, a busca de respostas para as indagações e incertezas que povoam a sua imaginação, para as quais elas não encontram nem por si mesmas, nem através de quaisquer outros canais, as explicações convincentes, que aliviem as suas inquietações, e que possam ser consideradas como o final desse percurso de tantas incertezas.
Nesse mesmo caminho estão os cientistas da natureza, empenhados há séculos nessa mesma busca, resultando apenas num amontoado de simples teorias, às vezes, conflitantes entre si, e mesmo que algumas tenham se tornado mais confiáveis, nunca lhes permitiram avanços mais significativos, na direção do encontro das respostas definitivas para os seus antigos desafios científicos, como por exemplo, a incompatibilidade entre a Teoria da Relatividade Geral e a Teoria Quântica.
O tempo se escoa, imprimindo velocidade progressiva nos conhecimentos, mas o Teorema da Incompletude de Kurt Gödel, o Princípio da Incerteza de Werner Heisenberg, a impossibilidade de seguir retroativa e totalmente a evolução, a incompatibilidade entre a Teoria da Relatividade Geral e a Teoria Quântica, assim como a impossibilidade de identificar a Energia que move o Universo, de saber como funciona a lei da gravidade, de conhecer a origem da radiação cósmica de fundo, de descobrir também o mistério dos Buracos Negros, e afinal, saber o que é o Universo e idealizar o seu modelo, estabelecem definitivamente, um conjunto fundamental de limitações ao conhecimento científico, que só veio a ser reconhecido e admitido durante o século vinte, e certamente persistirá infinitamente.
O consolo desses cientistas, é que no percurso das suas frustradas investigações, às vezes acabam encontrando conhecimentos eventuais, inesperados, que resultam em inusitados benefícios, que de certa forma suavizam as suas frustrações, como as descobertas acidentais, que acabam tendo utilidade, assim como o forno de micro-ondas, por exemplo.
A obstinada convicção dos cientistas no poder do conhecimento racional, não lhes permitiu observar que Isaac Newton e Albert Einstein, tiveram acesso aos seus conhecimentos através da percepção intuitiva. “Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do universo – o único caminho é a intuição”, afirmou Einstein.
Na intuição está a fonte dos conhecimentos essenciais, que não podem ser encontrados no território da racionalidade, embora este seja o caminho para a sua busca, pois não dispomos de outro. O encontro dessa essencialidade, ocorre pela transcendência do Ser, alcançando a profundidade espiritual, que extrapola os limites da compreensão racional. Estamos envoltos pela Energia
por todos os lados e em todas as direções, mas o problema é sintonizar o “canal” da percepção. A conexão está nos insights espirituais, e se formos conectados, e conseguirmos sintonizar esse canal, que se conecta pela intuição, descobriremos que a Energia fundamental se encontra dentro de nós, e perceberemos somente pelo nosso espírito, quando conseguirmos a sintonização. Sentiremos então a fragrância e o perfume das flores, o cheiro dos campos floridos da primavera, mesmo estando no meio do deserto da humanidade. Precisamos viajar no foguete da introspecção, vasculhando a imensidão do espaço interior, acionando o comando da meditação, e assim exploraremos o Universo que está por toda parte, inclusive e principalmente, no nosso interior, e afinal contemplaremos a Luz do Mundo, que está no centro do Universo. “Eu sou a Luz do mundo; quem me seguir jamais andará em trevas, mas terá a Luz da vida”.
A intuição, alimentada pelos insights espirituais, como percebeu Einstein, é o único canal que não tem limites para o seu alcance, e como a intuição não é propriedade exclusiva de ninguém, qualquer um, independentemente dos seus atributos pessoais, inseridos na racionalidade, pode ser agraciado com esses insights e obter conhecimentos até incompatíveis com a sua estrutura intelectual, como foi o caso do sapateiro alemão Jacob Boehme, que foi transformado no maior Teósofo da face da terra, obtendo, há quase quatrocentos anos atrás, conhecimentos que até hoje a ciência não tem, e nem consegue compreendê-los na sua profundidade.
Aos cientistas da astrofísica teórica, resta a alternativa de retirar a imutabilidade das suas teóricas convicções, abrindo espaço para as idéias de Einstein sobre a intuição, para a troca de ideias com Francis Collins, para estudar com profundidade as obras de Boehme, as ideias de Zenão de Eléia, de Baruch de Espinosa, de Pierre T. de Chardin, de Huberto Rohden, dos seus colegas Robert Jastrow e Max Tegmark, sobretudo, para entender que o intercâmbio do conhecimento espiritual se processa, exclusivamente, de espírito para espírito, sendo inacessível para a racionalidade, e para facilitar a abertura desse canal, é preciso se desfazer do orgulho, da cobiça e da inveja, pois a sintonização espiritual se faz exclusivamente através da pureza da Theosophia, a Sabedoria Divina, que é concedida graciosamente, já traduzida e acessível à compreensão do agraciado, independente do grau da sua capacidade de absorção do precioso conteúdo.
Aos interessados na obtenção do conhecimento espiritual, é indispensável abandonar o conforto das planícies, mergulhar nas profundezas e escalar as mais altas montanhas, em busca desse precioso tesouro. Podem iniciar, estudando a Bíblia, procurando alcançar o sentido que se esconde sob a sua literalidade, evitando as fábulas, histórias e genealogias, estudando os ensinamentos dos profetas, e também os pensamentos dos que foram mencionados acima. Esse caminho é pessoal, individual e intransferível, evitando os escribas e fariseus com os seus sofismas e ilusões.
I João 2:27 – E quanto a vós, a unção que dele recebestes mantém-se em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine. Mas, a unção que dele vem é verdadeira, não é mentira, e vos ensina a respeito de todas as coisas; permanecei nele assim como ela vos ensinou.