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quinta-feira... 22h13min

O 'problema' de ficar adulto é pensar em todos a quem fui profundamente grato… e agora ter sabedoria pra perceber que muitas destas coisas, na verdade foram feitas por vaidade própria... ou interesses egocêntricos. Muitas vezes até mesmo uma “Síndrome do Bombeiro” (tocar fogo numa casa, pra depois apagar e ser O Herói).

E então a medida que os anos se passam, mais ingrato eu fico... Menos dependente também... menos apegado a todos que passaram, que vem passando... e a todos que passarão. E acreditem, esse desapego é o amor mais sadío...

Eu era muito pequeno pra entender quando meu pai virava pra mim e dizia que "no fim todo mundo morre sozinho". Pensava que ele estava apenas sendo sarcástico, dramático. Mas é verdade; ele estava certo... No final, as pessoas morrem sozinhas, ainda que tenham alguém segurando suas mãos... elas estão sozinhas e talvez seja a beleza da morte (nos segundos finais, você não depende de mais ninguém).

Sozinhos na multidão... Em boa parte dos dias... Ninguém quer mesmo que um “Bom dia, como vai?” seja respondido francamente. "aaaahh minha vida está terrível" (e começa a contar...😒).

Ainda que, cercados por multidões, a vida segue solitária e a morte ocorre da forma mais solitária possível, também. Em fato, morrer é a parte mais fácil da coisa toda..... Viver e deixar um legado; um sopro de memória que dure ao menos uns 20 anos ou mais… A dificuldade tá aí.