Os judeus e os venezuelanos
Viktor E. Frankl observa em seu livro Em Busca de Sentido, lembrando os anos que passou em campos de concentração: “Os destinados para o transporte, aqueles corpos consumidos, são simplesmente jogados em cima de carretas de duas rodas, puxadas então pelos próprios prisioneiros, quilômetros a fio, em plena nevasca. Se alguém já estava morto, tinha que ir junto assim mesmo. A lista tinha que conferir! A lista é o principal, a pessoa somente importa na medida em que tem um número de prisioneiro, representando literalmente apenas um número.”.
Não sou psiquiatra e nem psicólogo, mas com base na experiência de vida que tenho, me reservo o direito de desconfiar da personalidade psicopática de pessoas que, de uma forma ou de outra, com maior ou menor intensidade, interferem na nossa (todas as pessoas da Terra), busca pela felicidade.
Uma dessas pessoas é Nicolás Maduro que fez da Venezuela um dos maiores campos de extermínio dentre todos os que já existiram. Esse campo tem 916.445 quilômetros quadrados e 31 milhões de condenados à morte e só perde para a China de Mao e a União Soviética de Stalin, outros psicopatas sanguinários.
Os judeus, prisioneiros dos campos de concentração na Segunda Guerra Mundial, antes de serem enviados ao seu destino, a morte, cumpriam a função de escravos enquanto tivessem alguma energia para trabalhar. Prestavam serviços em obras, como construção de estradas, canalizações e outras.
Na Venezuela, o número a que Frankl se refere, foi substituído pelo voto. Ao psicopata governante só interessa que exista um número suficiente de condenados que o mantenham no poder com seu voto. O sofrimento da população não tem a mínima relevância.
Não há como não suspeitar da personalidade psicopática de Hitler, seus assessores diretos, professores e estudantes universitários e outros que deram suporte filosófico para suas teses genocidas.
Da mesma forma, além de Nicolás Maduro, como não suspeitar que todos aqui no Brasil que, com total falta de empatia com o povo venezuelano, continuam apoiando um demente criminoso, não sejam também psicopatas?
As evidências falam por si mesmas. Só não vê quem de antemão já se dispôs a não enxergá-las.
E o ônus da prova sem dúvida coube às vítimas indefesas e tal como os judeus que sonhavam com o momento em que tropas estrangeiras chegariam para libertá-los, grande parte dos venezuelanos também devem viver diariamente a expectativa da chegada de alguém que os liberte.