Histeria!
Histeria!
Serão os últimos dias de nossas vidas
Conforme anuncia a grande criatura nos céus
Com asas de labaredas e tentáculos gigantes
Nos observando com seus inúmeros olhos
Que fitam pobres criaturas
Que ele decidiu por findar
Não corram, pois chegaremos em nenhum lugar
É a primeira vez que não existem possibilidades
De que nossas pernas nos carreguem
Indefinidamente.
Mas se todos pegarem em armas
Deixando pingar o ódio que nos sobrecarrega
Em uníssono berrarmos;
Acordando os que já se passaram
E acelerando aqueles que virão;
Se todos corressemos como nunca o fizemos
E pela primeira vez fazendo parte de algo
Decidindo que mais vale a pena morrer como um combatente
Do que acovardar-se em seu abrigo,
Talvez,
Enfim,
Alçaríamos voos maiores.
Suficientes para qualquer combate.
Qualquer vestígio de sociedade
Já bastaria.