TUDO SE TRANSFORMA

Conforme Eclesiastes 1:9,10,11 e 3:15: O que foi, isso é o que há de ser, e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que nada há novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. Já não há lembranças das coisas que precederam; e das coisas que hão de ser, também delas não haverá lembrança, nos que hão de vir depois. O que é já foi; e o que há de ser, também já foi.

Conforme Romanos 9:11 : Pois os gêmeos ainda não tinham nascido, nem praticado o bem ou o mal, para que o propósito de Deus segundo a eleição, permanecesse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama.

Conforme Lavoisier: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

Com base em Eclesiastes e em Lavoisier, e com relação às substâncias, que para nós são concretas, o (para sempre) não existe; ou melhor, ele existe apenas nas infinitas transformações que são perceptíveis, porém na sua conclusão elas são abstratas, escapando da nossa observação.

Conforme Jesus Cristo: João 10:10 – Eu vim para que tenham vida e vida em abundância.

Com base em Cristo, a sua vinda é para conferir a vida em abundância, ou a vida eterna no seu reino de Luz.

Talvez possamos conjecturar: Foi bom, enquanto durou a concretude, nesta etapa da vida, mas o problema é a transformação. Luz? Ou Trevas? Ser ou Não Ser? Eis a questão! O trigo é recolhido no celeiro, mas o joio... é conforme (Mt 13:30)

A percepção de Lavoisier sobre as transformações, é irrefutável, pois onde quer que se olhe, elas estão acontecendo. Isso deveria ser suficiente para a compreensão de que no Universo, em nenhum sentido, existe o fim, e a sua inexistência significa que também não existe a criação de absolutamente nada, como consta da notável percepção de Lavoisier, há mais de dois séculos atrás. Além disso, como percebeu Boehme, no Universo não existe, nunca, nenhuma novidade.

Com efeito, bem antes de Lavoisier, Zenão de Eléia (490-430 a.C.) já abria o caminho da compreensão nesse sentido, que foi ampliado por Jacob Boehme (1575-1624) em suas extensas obras, e isso tudo, precedido das visões dos profetas bíblicos, como Ezequiel, João, Daniel e outros.

O filósofo Baruch de Espinoza (1632-1677) foi outro que também percebeu a realidade que escapa da ciência, embora não tenha se aprofundado nessa transcendência intuitiva como fez Boehme. Porém, como Einstein acreditava no Deus de Espinoza, então vejamos quem era esse Deus. Há 343 anos, Baruch de Espinoza teve a mesma percepção de Zenão de Eléia e de Jacob Boehme, e concluiu que o verdadeiro cristianismo esclarece que estamos e somos em Deus, e a encarnação não significa que Deus veio viver entre os homens, mas sim que Ele vive nos homens. Espinoza ataca duramente a teologia cristã por ter destruído essa verdade do cristianismo. Na verdade Deus se produz a Si mesmo, às coisas e ao homem, e esse modo de autoprodução é o próprio modo de produção do real. Assim, Espinoza elimina a ideia fundamental da teologia e da filosofia cristãs, ou seja, a ideia de criação, e de um Deus pré-existente que tira o mundo do nada. Deus se produz e produz as coisas pelo mesmo ato, e Ele é a causa de Si mesmo e das coisas, como causa imanente e não transcendente. A sua produção não visa a fim algum, pois é o seu próprio fim, e entre esse ato de produção e o produto não há distância a separá-los, pois são uma só e mesma coisa, ou diremos, Deus se produz, de Si mesmo, por Si mesmo e para Si mesmo, porque tudo é Ele mesmo, ou seja, Deus é o próprio Universo, e é por isso que Ele diz em Hebreus 8:11: Todos Me Conhecerão.

Coube-nos, da mesma forma que aos autores mencionados, a honra de transitar por esse mesmo caminho da intuição, onde fomos agraciados com insights espirituais, que independem da nossa capacidade racional, e 2.447 anos depois de Zenão de Eléia, numa linguagem adequada à evolução, sintetizamos esses conhecimentos transcendentes, e elaboramos o Tratado Dez Breves Lições da Theosophia, que se encontra em nossa Escrivaninha, à disposição daqueles que têm inclinações espirituais compatíveis, mesmo porque, quanto menor for o grau de espiritualidade, maior será a dificuldade para a sua compreensão.

Não nos esqueçamos, do que foi dito pelo Apóstolo Paulo em I Coríntios 2:14,15 - O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são absurdas; e não pode entendê-las, porque se compreendem espiritualmente. Mas aquele que é espiritual compreende todas as coisas, ao passo que ele mesmo não é compreendido por ninguém.

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 01/10/2020
Código do texto: T7077306
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