Meu Julgamento! Minha Consciência!
Minha consciência nunca vai me deixar.
Meus fantasmas e anjos vivem nela.
É claro que estou livre com todos eles, pois sou livre nisto.
Minha consciência nunca vai me deixar.
Infelizes, os que se julgam melhores.
Mas, há alguma beleza adornada em suas próprias vaidades atormentadas.
Mais felizes?
Se considerados melhores, é ínfimo o pensamento condenatório: pequenez de olhos prisioneiros de suas próprias verdades!
Sorrio e dou boas-vindas aos meus fantasmas e libero meus anjos para me proteger.
Diariamente, meus anjos subjugam os anjos de meus inimigos; os lançam no esquecimento de seus próprios julgamentos.
Quanto mais me distancio do julgamento de minha consciência, mais livre sou de alma; meu espírito voa guiado por mão forte.
Minha consciência nunca vai me deixar.
Nunca serei melhor ou pior que os outros, serei quem sou: uma consciência independente, livre, apegada as minhas próprias verdades libertadoras porque delas sou prisioneiro.
Na cela dos outros eu selo minha liberdade.
Só a minha liberdade é minha prisão porque nela minha alma vive. Minha prisão é minha liberdade!
Nela, só, estou vivo: cela que me sela em espírito livre.
Se outros me condenam e me prendem, são eles que estão presos.
Me olham pela janela pequena e breviloquente de suas próprias verdades. Ecos!
Sejam eles, pois, livres em suas próprias condenações.
Uns nascem para condenar. Outros para serem livres.
Minha consciência nunca vai me deixar.
Estou livre e me liberto de minhas verdades diariamente, sem jamais condenar a outros. Escolho olhar pela janela do Mundo. Outros escolhem olhar pela janela de suas próprias celas. Epitáfios de uma vida!
Eu? Sou livre em minhas prisões.
Eu sou prisioneiro de minhas próprias liberdades.
Que a consciência seja como uma prisão para quem pensa ser melhor.
Que continuem presos em suas próprias verdades lacônicas.
Estou preso as minhas. Só que elas me libertam!
Eu nunca serei melhor. Apenas sinto falta da liberdade que me aprisiona diariamente pois que me liberta. Diariamente me condeno e me liberto.
Este sou eu: dicotômico atômico das ambivalências de minhas próprias verdades e desconstruções.
És livre? Nunca julgue ou condene, pois.
O julgamento é a chave de minha cela.
Pensamento condenatório que me liberta.
Quanto mais me julgas, mais me liberto.
Se julgas, és melhor!
Ofereça a liberdade para que dias melhores sejam recebidos sem o julgamento de outros.
Consciência: julgue-me! Liberte-me! Aprisione-me!
Minha consciência nunca vai me deixar.
Meus fantasmas e anjos vivem nela.
Estou livre com todos eles, pois sou livre nisto.
Minha consciência nunca vai me deixar.
Estou completo!
Sou prisioneiro de minha própria liberdade.
Nela, estou preso!
Cela, estou livre!
Sela, Consciência!
Liberdade que nunca me deixa!