O encontro com a verdade
fechar o coração não nos protege da dor
O ego submerge tudo aquilo que tememos, é ele que nos faz pensar que somos especiais. Mas fazemos parte de um todo que está sempre em uma constante mudança, coisas vêm e outras se vão, assim como tudo, nós também somos efêmeros.
Não temos controle da nossa permanência, mas temos o controle da nossa presença, a ideia é sentir onde, quando e quem somos no presente de cada pessoa que temos apreço, isso nos inclui. Sei que parece uma manifestação egocêntrica, mas não é, é o que chamamos de harmonia.
Consciência.
O que pensa e sente sobre si?! As vezes buscamos sentido e esquecemos de sentir, as vezes buscamos motivo e esquecemos de se motivar, mas não pense que somos especiais, porque não somos, então outra vez volto a dizer:
fazemos parte do todo!
E como tudo, também temos um ciclo, um rio que se movimenta de dentro para fora, fluído e forte.
A ideia é aprender a navegá-lo e evitar as encostas, não nascemos para viver a beira, eu sei que o cais nos conforta, mas ele também é o nosso caos!
Temer ou lamentar a morte é o mesmo que negar-se a tudo que foi vivido, mas não chorar pelo luto é querer interromper o rio que flui em você de dentro para fora. Então chore, se transforme, transfigure, deleite-se em suas lembranças e sinta que existiu enquanto vivo, e que foi presente até o último momento. Não estou dizendo que isso tudo é fácil, mas pra que fugirmos da verdade, se nosso compromisso é com ela?! Cada um possui as suas verdades em seu íntimo, mas todos dividimos uma em comum,
O fim
E isso não tem como ser mudado, mas moldado para sabermos lhe dar e não temer aquilo que de fato será um dia nosso presente!
E certeza da morte é o que nos faz compreender o sentido da vida!